As comemorações dos 43 anos do 25 de Abril decorrem na terça-feira com a habitual sessão solene no parlamento onde será inaugurada uma exposição sobre Zeca Afonso. Os jardins de São Bento vão estar abertos todo o dia com música e poemas.

A sessão solene comemorativa do 43.º aniversário da Revolução dos Cravos está marcada para as 10h, na Assembleia da República, onde depois de todos os partidos com assento parlamentar usarem da palavra — pela ordem PAN, PEV, PCP, CDS-PP, BE, PS e PSD — e da intervenção do presidente do parlamento, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, discursará.

O hino nacional — tocado, desde os Passos Perdidos do Parlamento, pela banda da GNR — será ouvido por duas vezes, uma antes da abertura e outra depois do encerramento da sessão, que contará ainda com a presença do primeiro-ministro, António Costa, entre outras individualidades.

Depois da sessão, o chefe de Estado, acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, passará pelo átrio principal do parlamento para ver a exposição José Afonso — andarilho, poeta e cantor, que assinala os 30 anos da morte do músico e que será inaugurada pelas 15h.

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Marcelo Rebelo de Sousa terá ainda agenda durante a tarde, altura em que irá condecorar o arquiteto Siza Vieira com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, seguindo-se uma audiência com a Associação Portuguesa de Imprensa e uma receção ao Corpo Diplomático, no Palácio de Queluz.

Para as 15h, também está marcado o tradicional Desfile Popular do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, organizado pela Associação 25 de Abril e que habitualmente conta com a participação de várias figuras dos diferentes quadrantes da sociedade.

Também o primeiro-ministro, António Costa prossegue as comemorações do Dia da Liberdade à tarde e volta a abrir aos cidadãos, a partir das 14h30, os jardins da residência oficial, em São Bento, onde haverá um concerto de Jorge Palma e a leitura de poemas pelo ex-candidato presidencial Manuel Alegre.

Pelos jardins de São Bento, vão também passar vários membros do Governo, em particular o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, sendo ainda inaugurada uma escultura de Vhils, que invoca os princípios da revolução.

Ainda em São Bento, haverá experiências de artes plásticas com o projeto Lata 65 e com a presença de Vhils e será possível gravar em vídeo as memórias do 25 de Abril ou fazer depoimentos sobre os seguintes temas: “O que é a Revolução?” “O que é a Liberdade?” e “O que é a democracia?”. Também o Parlamento terá as portas abertas ao público, que poderá visitar os espaços mais emblemáticos, mas também algumas salas de acesso habitualmente reservado.

De norte a sul do país — e nas ilhas — há uma vasta programação de concertos, exposições, peças de teatro, apresentações de livros, atividades para os mais novos, para além das cerimónias oficiais, homenagens e sessões solenes para assinalar os 43 anos da Revolução dos Cravos.