Histórico de atualizações
  • Concluímos aqui mais um dia em que acompanhamos em permanência os desenvolvimentos em França, depois de conhecidos os nomes que irão disputar a segunda volta das presidenciais francesas. Marine Le Pen e Emmanuel Macron continuam em campanha nos próximos quinze dias e nós continuaremos aqui a dar conta dos seus passos.

    Obrigada por ter estado connosco. E aproveite o dia, que é 25 de Abril.

  • A pena áspera dos cartoonistas

    A Carolina Branco compilou as melhores ilustrações e cartoons que circularam hoje na internet sobre as eleições francesas. Sempre com aquele requinte de malvadez próprio da arte.

    Fotogaleria. As eleições francesas em cartoons

  • Já há debate marcado

    O único debate entre os dois candidatos à segunda volta das eleições francesas acontece quarta-feira, 3 de maio, anunciou hoje a comitiva de Macron.

  • Manuel Valls fala em fase de "decomposição" e "demolição" no partido socialista

    O antigo primeiro-ministro francês Manuel Valls disse que o partido socialista está “numa fase de decomposição, demolição, desconstrução” mas disse assumir por completo a responsabilidade de ter apoiado Emmanuel Macron e não Benoît Hamon, que era o candidato oficial do Partido Socialista.

    Admitindo que gostaria de fazer parte de um projeto socialista, o ex-primeiro-ministro disse contudo que “é provavelmente um pouco cedo para falar em reconstrução” até porque, na sua opinião, as cisões dentro do partido não são sanáveis. “Aqueles que não compartilham as mesmas ideias, que discordam em temas tão centrais como a Europa, a economia, o mercado, as questões de segurança interna, podem estar na mesma família política? Eu pessoalmente não penso que possam”, disse Valls que também não poupou críticas a Hamon que culpou de ter conduzir uma campanha “fora do centro e alinhada à esquerda da esquerda”.

  • As presidenciais continuam a servir de inspiração a vários cartoonistas pelo mundo fora — e nem todos os desenhos são cómicos, nem contra Le Pen.

  • Marcelo apoia Macron...sem mencionar Macron

    O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que tudo o que fortaleça a pertença da França à União Europeia e o espírito europeu é bom e tudo o que o enfraqueça é mau.

    Este foi o único comentário que Marcelo Rebelo de Sousa quis fazer sobre as eleições francesas deste domingo, em que os dois candidatos mais votados foram o liberal pró-europeu Emmanuel Macron e a líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen, anti União Europeia, que se vão defrontar numa segunda volta, no dia 07 de maio.

    “Em geral, penso que tudo o que, noutro país nosso parceiro na União Europeia, fortaleça a União Europeia, a pertença à União Europeia, o espírito europeu, da minha ótica é bom. Tudo o que enfraqueça, da minha ótica, não é bom”, declarou o chefe de Estado.

    Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que isto era “o máximo” que podia dizer sobre as eleições presidenciais em França, porque “o Presidente da República Portuguesa não deve comentar eleições de outro país qualquer”.

    “E aqui não é sequer um país qualquer. É um parceiro da União Europeia, onde temos uma comunidade enormíssima, importantíssima de portugueses e de luso-descendentes, e que certamente têm sensibilidades muito diversas e votaram de formas muito diferentes”, salientou.

    Segundo os resultados definitivos publicados hoje pelo Ministério do Interior francês, o independente Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas com 24,01% dos votos, à frente da líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, que conseguiu 21,30% dos votos.

    O candidato conservador François Fillon, do partido republicano, ficou na terceira posição com 20,01% dos votos, seguido pelo candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon com 19,58% dos votos.

    Agência Lusa

  • Os franceses "não devem ter medo de mim", diz Marine Le Pen

    Marine Le Pen garantiu que ninguém deve ter medo da Frente Nacional e manteve a sua posição quando à União Europeia. “Nós temos uma bandeira, é azul, branca e vermelha e quero defender a herança material e não material da França, por isso, se os franceses devem ter medo, não é nem de mim nem do meu projeto, mas antes do programa e da personalidade de Macron.”, defendeu Le Pen.

  • Marine Le Pen quer deixar a presidência da Frente Nacional

    Questionada sobre como é que vai fazer para obter mais votos na segunda volta do que em 2002 Marine Le Pen respondeu: “Sempre considerei que um Presidente da República é um presidente de todos os franceses mas é necessário passar das palavras às ações”. E, logo de seguida, para provar isso mesmo, anunciou que vai suspender o seu cargo como presidente da Frente Nacional. “Não sou mais a presidente da Frente Nacional, eu sou apenas a candidata à presidência de França”.

  • Marine Le Pen: "Patriotismo é amor"

    Marine Le Pen está a falar na France 2, na sua primeira entrevista televisiva desde que passou à segunda volta.

    Acusa o sistema de fazer da Frente Nacional “uma caricatura” mas, continua, os franceses olharam para o seu projeto e sabem que a Frente Nacional “é o único movimento que defende mais e melhor democracia”. Volta também a reforçar que é “a única candidata do povo” e que a França se deve rearmar “para parar a imigração e a concorrência desleal”.

    “As coisas mudaram muito e o movimento que eu lidero subiu devido aos últimos acontecimentos”, disse Le Pen que passou depois para o ataque ao o seu oponente, Emmanuel Macron, dizendo que os seus programas são “radicalmente diferentes”. Macron “é pela a globalização selvagem, pela desregulamentação do mercado de trabalho, pela imigração em massa e pelo comunitarismo. Eu sou a candidata patriota do povo”.

    Le Pen disse ainda “o patriotismo é o amor, é um profundo sentimento que se tem ou não — não se consegue fabricar” e que, em Macron, “nada denota um pingo de amor para a França”.

  • Euro sobe face ao dólar, depois de conhecidos os resultados da primeira volta em França

    O euro registou hoje uma subida acentuada face ao dólar, depois de conhecidos os resultados da primeira volta das presidenciais francesas, que ditaram a passagem à segunda volta de Emmanuel Macron e de Marine Le Pen.

    Às 18:05 (hora de Lisboa), o euro seguia a 1,0845 dólares, quando na sexta-feira quase, à mesma hora, negociava a 1,0696 dólares.

    Depois de terem sido anunciadas as primeiras projeções de resultados no domingo à noite, com Macron à frente, o euro chegou a superar 1,09 dólares, no nível mais forte desde novembro. O Banco Central Europeu (BCE) fixou hoje o câmbio de referência do euro em 1,0848 dólares.

    Agência Lusa

  • Uma das maiores mesquitas de Paris apela ao voto "em massa" em Macron

    A Grande Mesquita de Paris pediu hoje aos muçulmanos residentes em França para votarem “em massa” em Macron, no segundo turno da eleição presidencial “que promete ser decisiva para o destino de França e de suas minorias religiosas”, lê-se num comunicado enviado aos meios de comunicação franceses.

    Emmanuel Macron, é, segundo os representantes islâmicos da mesquita, o único que pode garantir “respeito aos valores republicanos e estrita aplicação dos princípios do secularismo” e o único que “incorpora o caminho de esperança e confiança nas forças espirituais e civis da Nação”.

    Os franceses, “devem permanecer sempre unidos e juntos enfrentarem a realidade da ameaça representada pelas ideias xenófobas perigosos para a nossa coesão nacional”, disse a instituição que está presente há 90 anos em Paris, sem nunca mencionar Marine Le Pen.

  • O que se passou com o Partido Socialista nestas eleições? Uma mini-análise

    Para quem acompanha a política francesa até pode ter sido uma “morte anunciada”, um declínio em câmara lenta, mas para os que só olham para gráficos em dias de eleição, a queda do Partido Socialista parece uma coisa abrupta.

    O PS é um gigante da política francesa moderna. É o partido de François Mitterrand, que passou 14 anos na presidência e mudou a face não só da política francesa mas teve igualmente um papel central na definição daquilo que hoje consideramos alguns dos valores essenciais da União Europeia. É o partido de alguns “mitos” da esquerda europeia como Jean Jaurès ou Léon Blum. É o partido que ganhou a presidência em 1981, em 1988 e em 2012, mas teve menos de 10% dos votos no passado domingo.

    Em 2012, após três mandatos de direita, Hollande ganhou a presidência e, por todo o país, o PS parecia nunca ter estado tão sólido: dirigia a grande maioria das regiões, controlava as grandes cidades e até, pela primeira vez, o Senado. Mas em cinco anos muito mudou: desilusão com Hollande, uma cadência assustadora de ataques terroristas, a persistência dos números do desemprego, principalmente entre os mais jovens (atualmente nos 24%). O partido registou a sua pior derrota nas autárquicas de 2014, perdendo mais de 150 cidades de mais de 9.000 habitantes.

    Hollande é o presidente mais impopular da Quinta República. A lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi demasiado “moderno” para uma mais consrvadora dos socialistas e trouxe milhares de pessoas para a rua e a reforma laboral de 2016, que reduziu a influência dos todos-poderosos sindicatos franceses, chocou o lado mais progressista. Um cocktail em ebulição que explodiu quando o seu primeiro-ministro Manuel Valls, passou as reformas sem passar pelo Parlamento.

    Se a isto adicionarmos o historial de lutas internas do PS — eternamente dividido entre uma facção que quer assumir as raízes de esquerda e os que preferem uma orientação mais centrista, liberal tanto na economia como nos costumes, começamos a ter uma melhor ideia da crise existencialista que nos trouxe até a esta que é a página mais negra dos socialistas franceses pós-Mitterrand.

  • Praça da República palco de manifestação anti-racismo

    Algumas dezenas de manifestantes estão reunidos na Praça da República, em Paris, em protesto o que consideram ser as políticas racistas apresentadas pela plataforma eleitoral de Marine Le Pen, a Frente Nacional. A manifestação foi convicada pela associação SOS Racismo.

  • Macron esmagador entre os franceses residentes no estrangeiro. Le Pen atrás de Hamon

    Emmanuel Macron ficou bem à frente de qualquer outro candidato na votação dos franceses residentes no exterior. Cerca de 1,2 milhões estavam registados para votar e, desses, 40,40% votaram em Macron. Segue-se, mas de longe, François Fillon, com 26,32%; Jean-Luc Mélenchon, com 15,83% e depois Benoit Hamon, com 6,87% . Le Pen recolhe apenas 6,48% dos votos.

  • Uma visão desanimadora para o PS

    O gráfico em baixo mostra a votação no Partido Socialista em 2012… e ontem. O estado comatoso do PS francês faz hoje algumas manchetes na imprensa internacional. A análise do Observador dentro de momentos.

  • Le Pen difunde vídeo no Twitter onde agradece à "blogosfera patriota"

    A presidente da Frente Nacional agradeceu aos “ativistas da blogosfera patriótica” o seu apoio durante a campanha, num vídeo difundido também nas redes sociais. “Vocês são a minha energia, vocês difundem os meus projetos e as minhas ações, vocês resistem com inteligência às mensagens dos meios de comunicação do sistema”, diz Le Pen.

  • Divulgados resultados finais

    O Ministério do Interior acabou de divulgar os resultados finais. A participação ficou nos 77,77 %. Os votos em branco representam 1,78 % dos sufrágios e os nulos 0,77 %.

    Emmanuel MACRON 24,01 %
    Marine LE PEN 21,30 %
    François FILLON 20,01 %
    Jean-Luc MÉLENCHON19,58 %
    Benoît HAMON 6,36 %
    Nicolas DUPONT-AIGNAN 4,70 %
    Jean LASSALLE 1,21 %
    Philippe POUTOU 1,09 %
    François ASSELINEAU 0,92 %
    Nathalie ARTHAUD 0,64 %
    Jacques CHEMINADE 0,18 %

  • Nigel Farage diz que Le Pen ainda pode ganhar

    No seu habitual espaço de comentário na estação americana Fox News, Nigel Farage, o ex-líder do partido anti-europeu britânico UKIP — e um dos mais ferrenhos adeptos do Brexit — reconheceu que Marine Le Pen não era estava bem colocada para ganhar a segunda volta das eleições presidenciais francesas mas ainda pode haver uma surpresa. “Eu não antecipo a vitória de Le Pen, mas acho que a diferença está mais perto de 10 pontos do que de 20 pontos, e que isso ainda pode mudar. Se olharmos para as surpresas do ano passado, com o Brexit ou a eleição de Donald Trump, acho que vai ser muito mais apertado do que o que os meus concorrentes dizem hoje em Paris.”

  • Fillon diz que "já não tem legitimidade" para levar os republicanos às legislativas

    François Fillon admitiu ter perdido “legitimidade” para liderar a “luta” dos republicanos nas eleições parlamentares que acontecem a 11 e 18 de junho de 2017.

    “Uma outra batalha começa. Estou confiante de que os republicanos podem obter uma classificação favorável e útil para a França “, acrescentou.

    “A minha vitória nas primárias deu-nos uma grande esperança, que foi quebrada com um bombardeamento intensivo”, lamentou François Fillon, numa clara referência ao que considera ter sido a perseguição dos meios de comunicação social, da oposição e da justiça aos seus assuntos financeiros, isto apesar de estar a ser formalmente investigado pelo uso danoso de dinheiros públicos. Agora, Fillon vai tornar-se “um militante com todo o coração” e “curar as feridas” da sua família.

  • O partido grego Syriza apoia Emmanuel Macron para a segunda volta das presidenciais francesas, no seguimento do pedido feito pelo Partido Comunista Francês para que se construa uma “barragem” contra a Frente Nacional de Le Pen. Apesar de Jean-Luc Mélenchon, o candidato apoiado pelos comunistas, ainda não ter dito que apoiará, e Macron estar muito longe de ser um candidato que agrade à esquerda de Mélenchon, a palavra de ordem, também para os gregos do Syriza, é marchar contra a direita.

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