O BPI não quer abandonar o mercado angolano, apesar de o Banco Central Europeu recomendar a continuação da redução da exposição a Angola. O novo presidente executivo do banco, Pablo Forero, indicou esta quinta-feira que mantém negociações com o Banco do Fomento Angola, mas acrescentou que a instituição não estava a ponderar sair completamente de Angola.

Forero admitiu que terá de haver uma redução [da participação no BFA] “que deixe a administração do BPI tranquila em relação ao supervisor. Mas será um processo demorado”. Segundo o presidente do BPI, é “uma recomendação não vinculativa do BCE. Não é uma obrigação e é uma recomendação a longo prazo. Temos de fazer algo, mas não está nas nossas mãos. Temos que negociar com o BFA”, sublinhou na primeira conferência de imprensa que deu após a sua eleição para a liderança do banco.

“Angola é um investimento fantástico. O BPI investiu 3,3 milhões de euros em Angola e recebeu 1.000 milhões de euros em retorno. E ainda tem 450 milhões de euros no balanço que podem ser vendidos”, afirmou o gestor espanhol.

O BPI vendeu 2% do capital do BFA a Isabel dos Santos no passado, reduzindo a sua participação para 48,1%, de forma a cumprir as exigências do Banco Central Europeu para diminuir a sua exposição ao risco daquele mercado.

Forero, que foi eleito esta semana presidente executivo, sucedendo a Fernando Ulrich, revelou ainda que o conselho de administração planeia manter as ações do banco negociáveis em bolsa. O CaixaBank passou a controlar cerca de 85% do BPI, após o sucesso da oferta pública de aquisição concluída este ano.

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