A trama adensa-se. A Frente Nacional de Marine Le Pen afinal pode estar em dívida com o Parlamento Europeu em mais de cinco milhões de euros, disse à agência France Press uma fonte da investigação que decorre em França. Antes destes “novos elementos”, a fatura de Le Pen estava próxima dos 1,9 milhões, menos de metade.

A investigação está focada no uso danoso de fundos do Parlamento que terão sido utilizados por Marine Le Pen para pagar à sua assistente pessoal Catherine Griset e ao seu guarda-costas Thierry Legier — entre muitos outros assistentes — por trabalho realizado por eles para o partido em França, e não para o grupo parlamentar da Frente Nacional no Parlamento Europeu.

No início de abril os investigadores franceses pediram ao Parlamento Europeu para levantar a imunidade de Marine Le Pen, que até segunda-feira era presidente da Frente Nacional mas escolheu suspender o cargo para se dedicar unicamente à candidatura à presidência, para poderem continuar a investigação mas Marine Le Pen não acusou o toque e a sua campanha não parece ter sofrido um milímetro. Le Pen continua a ser recebida por multidões em júbilo em todos os mercados que visita e está na segunda volta das presidenciais.

As autoridades que estão a investigar o caso conduziram buscas aos escritórios da Frente Nacional para tentar determinar se o partido utilizou fundos europeus para pagar a cerca de 20 assistentes que estavam a trabalhar para a Frente Nacional fora do Parlamento Europeu.

Segundo a Agência Europeia Anti-Fraude (OLAF), a Marine Le Pen deve ao Parlamento Europeu 339 mil euros por ter alegadamente canalizado fundos da Europa para pagar a dois assistentes, Thierry Légier e Catherine Griset, por trabalho realizado para o seu partido em França e não para o grupo parlamentar da Frente Nacional.

A investigação aos alegados pagamentos fraudulentos decorre há mais de dois anos, tanto em Paris como em Bruxelas. Apesar de ser o partido francês com maior representação parlamentar no Parlamento Europeu, a Frente Nacional sempre se manifestou contra a União Europeia, principalmente no que toca à imigração e as políticas agrícolas.

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