As compras com cartão cresceram 9% para 38.210 milhões de euros em 2016 face ao ano anterior, acompanhando “a evolução do consumo privado”, aumento também explicado pelas compras feitas pelos turistas, que superaram os 3.000 milhões de euros.

Segundo o Relatório dos Pagamentos de 2016, que foi divulgado esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), as compras feitas com cartões cresceram 10,4% em número e 9% em valor, de 35.062 milhões de euros em 2015 para 38.210 milhões no ano passado, “acompanhando a evolução do consumo privado”.

O banco central concluiu também que “o valor das compras efetuadas com cartões estrangeiros aumentou 14% em relação a 2015, refletindo a evolução do turismo”, totalizando 3.140 milhões de euros.

De acordo com o BdP, a rede Multibanco processou 2.021 milhões de operações em 2016, das quais 48% corresponderam a compras, enquanto os pagamentos (de serviços, ao Estado, etc) e os levantamentos representaram 29% e 21%, respetivamente.

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Também em termos de valores transacionados, “as compras continuaram a registar o maior peso (36%), seguindo-se os levantamentos (27%) e os pagamentos (23%)”, observa o banco central.

O BdP afirma que “é possível identificar uma tendência de substituição de levantamentos por compras”, referindo que nos últimos cinco anos os levantamentos mantiveram-se estáveis, rondando os 400 milhões de operações e os 25.700 milhões de euros, “enquanto as compras nacionais cresceram em número e valor”.

Em 2016, segundo o BdP, estavam registados na rede Multibanco cerca de 14 milhões de cartões de débito a seis milhões de cartões de crédito.

No ano passado, foram realizadas 29,4 milhões de compras online com cartão em Portugal, no valor de 1.928 milhões de euros, mais 12% do que o montante registado no ano anterior, refere o banco central.

Os débitos diretos aumentaram 4,3% em número e 5,5% em valor em 2016, depois de uma redução em 2015 face ao ano anterior. Por sua vez, no ano passado, registou-se novamente uma redução da utilização dos cheques, de 12,2% em número e de 7,9% em valor. O número de entidades constantes da listagem de utilizadores de cheque que oferecem risco também diminuiu 13,8% (19.931 entidades em 31 de dezembro).