Seis soldados tailandeses morreram na explosão de uma bomba, colocada na berma duma estrada, no sul do país, informaram esta sexta-feira fontes militares.

O atentado ocorreu na quinta-feira no distrito de Chanae, na província de Narathiwat, indicou o porta-voz do Comando de Operações de Segurança Interna na região sul da Tailândia, Yutthanam Petchmuang, à agência noticiosa espanhola EFE.

A bomba foi colocada na berma da estrada e detonada à passagem do veículo por supostos membros da insurgência muçulmana que também terão aberto fogo contra a viatura. Quatro militares morreram no local do ataque, enquanto dois não resistiram aos ferimentos e morreram já no hospital.

Os ataques com armas ligeiras, homicídios e atentados com explosivos nas províncias de Yala, Pattani e Narathiwat acontecem quase diariamente, apesar do destacamento de cerca de 40 mil efetivos das forças de segurança. O estado de exceção está em vigor desde 2005. Mais de 6.700 pessoas, na maioria civis, morreram no sul da Tailândia desde que o movimento separatista muçulmano voltou a pegar nas armas em 2004, segundo um balanço da organização Deep South Watch.

O último governo eleito da Tailândia iniciou em 2013 o diálogo com os rebeldes daquela região de maioria muçulmana. O golpe de Estado no ano seguinte suspendeu as conversações. A junta militar tentou retomar as conversações com veteranos militantes no exílio. O principal grupo rebelde, Frente Nacional Revolucionária, demarcou-se das negociações com Banguecoque.

Os rebeldes denunciam a discriminação que sofrem por parte da maioria budista da Tailândia e exigem a criação de um Estado islâmico que integre estas três províncias que configuravam o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.

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