O maior risco para as empresas portuguesas é aquilo que consideram ser a lenta recuperação económica do país, seguido pelos danos à reputação e o preço atual das mercadorias (commodities). Segundo um estudo levado a cabo pela Aon, o Global Risk Management Survey 2017, este é o primeiro ano em que o risco cibernético está presente no Top 10 dos principais riscos para os negócios.
Top 10 dos riscos nacionais
- Desaceleração económica ou recuperação lenta
- Dano de reputação para a marca ou negócio
- Aumento do preço das commodities
- Alterações regulatórias e legislativas
- Risco político
- Responsabilidade corporativa e sustentabilidade
- Interrupção do negócio
- Incapacidade de inovar/corresponder à necessidade dos clientes
- Questões judiciais (responsabilidade civi)
- Crimes cibernéticos
A Aon inquiriu 1.843 empresas, públicas e privadas, de todas as dimensões e áreas de atividade a nível mundial e conseguiu concluir que, além da lenta recuperação económica, as empresas nacionais estão também preocupadas com os danos à reputação da marca e com o preço das commodities, sendo estes os segundos e terceiros maiores riscos, respetivamente, a que as empresas consideram estar expostas. O risco político surge a meio da tabela, e a responsabilidade civil quase no fim, estando o último lugar reservado aos crimes informáticos.
Esta foi a primeira vez, no âmbito deste inquérito, que os riscos cibernéticos surgiram no Top 10 das preocupações das empresas portuguesas, algo que pode ser explicado devido à falta de preparação de grande parte das empresas e do elevado número de ataques que têm ocorrido e que têm tendência a continuar a aumentar.
Ataques informáticos. As empresas portuguesas estão preparadas?
No que toca ao cenário mundial, as empresas revelaram que as tendências da economia, demografia e geopolítica, assim como os avanços rápidos da tecnologia, estão a transformar os riscos tradicionais dos negócios em algo global, a que se soma uma nova urgência e complexidade àqueles que são já velhos desafios. Neste caso, foi a segunda vez que os riscos ligados à reputação da empresa ou marca surgiram com a classificação de maior destaque.
Associado a este “receio” surge a força que as redes sociais proporcionam aos consumidores oferecendo-lhes a hipótese de, publicamente, criticarem uma empresa por causa de um produto com defeito, uma alegada prática fraudulenta ou atividades semelhantes que, posteriormente, acabam por prejudicar a imagem da empresa.
Top 10 dos riscos internacionais
- Dano de reputação para a marca ou negócio
- Desaceleração económica ou recuperação lenta
- Aumento da concorrência
- Alterações regulatórias e legislativas
- Crimes cibernéticos
- Incapacidade de inovar/corresponder às necessidades dos clientes
- Incapacidade de atração e retenção de talento
- Interrupção do negócio
- Risco político
- Questões judiciais (responsabilidade civil)
Em contraste com o Top 10 relativo a Portugal, os riscos informáticos surgem a meio da tabela, mostrando que as empresas nacionais dão menos importância a estes perigos do que aquilo que acontece com os concorrentes estrangeiros.