Florentino Pérez não olha a meios para atingir os fins. Ainda assim, o empresário e engenheiro civil nunca dá ponto sem nó – da mesma forma como gasta(va) milhões na era dos galáticos, para reforçar a equipa desportivamente, também assegurava que qualquer investimento feito conseguia ter retorno comercial, através dos direitos de imagem. Este século, desde que desviou Luís Figo do Barcelona, já gastou 40 ou mais milhões de euros em sete transações: Gareth Bale (2013), Cristiano Ronaldo (2009), James Rodríguez (2014), Zidane (2001), Kaká (2009), Luís Figo (2000) e Ronaldo (2002). E porquê esta referência dos 40 milhões? Porque é aquilo que está preparado para distribuir em prémios.

Existe um ponto prévio: o Real Madrid terá de ganhar não só a Liga como a Champions. Ou seja, aquilo a que chamam o ‘Doblete de Oro’, que não acontece desde 1957/58, ou seja, quase 60 anos. Mas 40 milhões são 40 milhões e nenhuma companhia de seguros quis fazer uma apólice para cobrir esse risco. A receita, essa, sairá dos valores recebidos do bolo de prémios dados pela UEFA pela prestação da Liga dos Campeões.

De acordo com o As, 32,2 milhões, pouco mais de 80%, já estão garantidos: 19,7 pela fase de grupos e respetivos resultados; 6 da passagem aos quartos-de-final; 6,5 da qualificação para as meias-finais. Em caso de passagem ao jogo decisivo, são mais 7,5; caso ganhe a competição, 15. E se a isto somarmos os valores do “market pool”, cerca de 20, chegamos aos 75 milhões de euros. Quase metade reverterá para prémios.

Real Madrid de Cristiano Ronaldo venceu a Liga dos Campeões em 2014 e 2016, ambas frente ao Atl. Madrid

A divisão do bolo também já está definida: os 24 jogadores do plantel principal recebem 36 milhões (1,5 para cada), Zidane recebe dois e os restantes dois serão divididos entre equipa técnica, restante staff (médicos, fisioterapeutas, técnicos de equipamentos) e os 11 jogadores da formação que entraram na lista B dos merengues para a prova.

A publicação avança ainda com mais um ponto interessante: já terá sido negociado entre jogadores e presidente a oferta de um relógio comemorativo da dobradinha, à semelhança do que já tinha acontecido com os jogadores espanhóis que ganharam o Mundial de 2010 e receberam esse “mimo” de Sánchez Galán, líder da Iberdrola. Sergio Ramos, Cristiano Ronaldo e Marcelo são os três porta-vozes do grupo.

Agora, têm a palavra os jogadores do Real Madrid. E do Atlético: hoje é dia de dérbi na capital espanhola, a contar para a primeira mão das meias-finais da Champions. E tratando-se da reedição da final da prova em 2014 e 2016, já se fala numa final antecipada. Os merengues querem provar que não há duas sem três; os colchoneros pretendem garantir de que à terceira é de vez. E a bola começa a rolar às 19h45.

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