Os artigos oficiais do Santuário de Fátima, lançados em 2013, registam uma procura crescente, tendo a instituição desenvolvido no ano seguinte produtos dirigidos ao público infantil, disse à agência Lusa o administrador do templo.

“Foi no ano de 2012 que começámos a fazer esse trabalho, embora a venda efetiva dos artigos tenha sido no início de 2013”, afirmou o padre Cristiano Saraiva, referindo que ano após ano “tem vindo a aumentar” a procura destes artigos, embora sem especificar valores.

Segundo Cristiano Saraiva, o santuário, onde peregrina o papa Francisco a 12 e 13 de maio, chegou à conclusão de que era importante ter artigos próprios que levassem “os peregrinos a fazer o prolongamento da sua peregrinação” com uma recordação.

“Muita gente nos pedia isso, algo que identificasse o santuário, que fosse uma marca do próprio santuário”, precisou.

T-shirts, lenços do adeus, guarda-chuvas, crachás, ímanes, garrafas para água ou copo de vidro com cera perfumada são alguns dos artigos oficiais do santuário comercializados apenas nas suas lojas.

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A gama exclusiva de produtos, cerca de 20, foi desenvolvida através de duas linhas, uma ligada à ritualidade e a outra alusiva à celebração do centenário dos acontecimentos de Fátima.

Em determinada altura, chegámos à conclusão de que também era importante desenvolver uma linha infantil”, declarou, referindo que foram criados, entre outros, ‘t-shirts’, bonés, panamás, mochilas, sacos, esferográficas, lápis e cadernos.

O administrador explicou que esta linha infantil foi desenvolvida devido à catequese e às solicitações dos fiéis.

“E, também, olhando a importância dos beatos Francisco e Jacinta Marto, como exemplo, como modelo”, declarou, frisando que neste trabalho o santuário não utilizou imagens dos videntes nas fotografias, como também não o fez em relação a Nossa Senhora, à capelinha ou basílica.

Os preços dos artigos variam entre 1 e 13 euros e alguns podem ser encomendados na loja “online” do santuário, sendo que a próxima novidade será um conjunto de porcelana – prato, caneca e tigela – na linha infantil, mas que pode ser adquirido separadamente.

Todos estes produtos que fizemos não queremos que eles entrem em concorrência com nada nem com ninguém, queremos distingui-los por produtos de qualidade”, salientou, referindo que o objetivo é que também “sejam acessíveis em termos de custo”.

Por outro lado, o templo quer que os peregrinos tenham “a garantia de que quando estão a comprar estes produtos de ‘merchandising’ do santuário não estão a comprar um produto como há em todas as outras lojas”, acrescentou.

Cristiano Saraiva assegurou, ainda, que “o santuário não vê o desenvolvimento deste ‘merchandising’ como uma pura e dura atividade comercial da qual quer ter um rendimento por aí além”, reiterando ter optado “por não fazer produtos iguais aos outros, mas quis ter uma marca e fazer produtos muitos específicos”.

As margens que colocamos nisto são mínimas para podermos ter sustentabilidade com estes produtos”, o que não permite sequer fazer revenda, adiantou.