A candidata às Presidenciais francesas, Marine Le Pen, terá chamado “merdas” a François Fillon, candidato dos Republicanos que perdeu na primeira volta das eleições, durante uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, apelidando ainda Macron, seu adversário no domingo, de arrogante e frio.

O retrato não é o melhor desde o início. Quando Le Pen se reúne com o jornalista do italiano Corriere della Sera para uma entrevista final antes do voto no próximo domingo, está de flute de champanhe na mão. Quando o jornalista a confronta com o apelo feito pelo candidato derrotado dos republicanos no voto em Macron, diz o jornal, a candidata da extrema-direita “bufa”, procurando o que dizer — e, finalmente, “explode”: “Porque são uns merdas. Peço desculpa, mas não encontro outra expressão”.

De acordo com o diretor de campanha de Marine Le Pen, citado pelo jornal francês Le Monde, a candidata nunca terá dito essas palavras, apenas falou da traição aos eleitores, e ameaçou processar o jornal italiano.

Macron, o seu adversário no próximo domingo, 7 de maio, e a quem as sondagens apontam uma larga vantagem (62% das intenções de voto, contra 38% em Le Pen), não escapou aos ataques de Le Pen, que qualificou de “arrogante” e “mal educado”. Mostrou-se ainda exasperada pelas vezes que Macron lhe disse, durante o debate, que algo que tinha dito era uma estupidez.

Marine Le Pen sugeriu mesmo que o slogan do movimento de Macron – En Marche – “era um slogan de Vichy”, o regime francês que colaborou com os nazis. “O candidato obscuro é outro”, disse. A líder (de mandato suspenso) da Frente Nacional considerou que o seu movimento nesta eleições é como David contra Golias e que ainda “é possível uma surpresa divina”, admitindo que a campanha tem sido muito dura.

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