A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, reafirmou este sábado o apoio do partido à recandidatura de Rui Moreira à liderança da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.

“Continuamos a apoiar o dr. Rui Moreira na convicção de que é a melhor solução – agora já provada — para a cidade do Porto”, disse Assunção Cristas aos jornalistas à margem da 71.ª Conferência do Distrito 1960 do Rotary, que decorre em Albufeira até este domingo.

A reação surge após Rui Moreira ter afirmado que, “nas atuais condições, não aceita o apoio do PS” à sua recandidatura à Câmara do Porto através do movimento independente Rui Moreira — Porto o Nosso Partido.

Assunção Cristas sublinhou que nas últimas autárquicas o CDS foi o único partido a apoiar Rui Moreira e que o partido tem uma posição clara e coerente nesta matéria, apoiada no balanço positivo que dá ao desempenho do atual executivo municipal do Porto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Há um ano, no congresso do CDS, eu própria afirmei, devidamente articulada com todas as estruturas locais do CDS, que caso o dr. Rui Moreira viesse a avançar de novo nós reafirmaríamos e repetiríamos o apoio à sua candidatura”, referiu a líder do CDS-PP.

Hoje, o PS anunciou que Manuel Pizarro é o candidato do partido à Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas, em outubro.

Na quarta-feira, Ana Catarina Mendes afirmou, em entrevista ao Observador, que uma vitória de Rui Moreira será “uma vitória do PS”.

No dia seguinte, à Lusa, a secretária-geral adjunta admitiu que as suas palavras podiam ser mal interpretadas, notando que, “evidentemente, a vitória de Rui Moreira será a vitória Rui Moreira”, mas “o PS não deixará de a festejar, uma vez que apoia a sua recandidatura”, decisão que garantiu, então, ser “irreversível”.

Já na sexta-feira à noite, em entrevista à SIC, Rui Moreira esclareceu que não aceita que “o PS tente fazer crer que há uma coligação informal entre o partido” e o seu movimento.

Na entrevista, Rui Moreira não fechou em definitivo a porta à manutenção do apoio do PS, remetendo a questão para o secretário-geral socialista: “O PS continua a apoiar-me ou não continua. São coisas que terá de lhe perguntar a ele [António Costa]”, disse.