A Autoridade Nacional de Proteção Civil garante que o dispositivo de proteção e socorro para a visita do papa a Fátima é o adequado, tendo sido preparado ao pormenor e com resposta para todos os cenários possíveis.

“O dispositivo foi pensado para que se possa responder de forma cabal, organizada e estruturada. Não queremos que nada fique no improviso, mas sim naquilo que foram os cenários que pensamos, treinamos e testamos para poder responder de uma forma adequada, numa proximidade muito grande ao peregrino”, disse o comandante nacional de proteção e socorro, Rui Esteves, em entrevista à agência Lusa.

Rui Esteves adiantou que “todos os cenários foram pensados”.

O dispostito especial de proteção e socorro para a visita do papa Francisco a Fátima vai envolver um total de 980 operacionais, mas vão estar no terreno 668, sendo os restantes 312 acionados caso aconteça alguma situação excecional, explicou o comandante.

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O dispositivo estará ativo a partir das 10h00 do dia 10 e será desativado às 20h00 do dia 14, tendo neste período três diferentes níveis de envolvimento de meios.

Segundo Rui Esteves, no primeiro nível, ativo entre 14h00 de 10 de maio e 07h59 de 12 de maio, o dispositivo de cerca de 350 operacionais é idêntico ao dos anos anteriores em Fátima.

No nível dois, que funcionará entre as 8:00 do dia 12 e as 7:59 do dia 14, os meios são reforçados com 668 operacionais dos corpos de bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM, Exército, Força Aérea e também elementos do Corpo Nacional de Escutas.

“São 48 horas que vão obrigar a um maior nível de esforço. A partir das 08:00 do dia 14 voltamos ao nível um”, indicou, dando conta que vão estar em Fátima postos médicos avançados da responsabilidade do INEM, postos de socorros muito avançados da Cruz Vermelha Portuguesa e postos de assistência de bombeiros.

Rui Esteves explicou que no santuário vão existir 20 postos de assistência dos bombeiros com duas ambulâncias e quatro tripulantes com o objetivo de estarem “mais próximos dos peregrinos para os ajudar e socorrer e fazer uma primeira avaliação, estabilizar e perceber se precisam ou não de um outro tipo de apoio”.

Além do hospital de campanha do INEM, vão estar também no terreno quatro helicópteros para transportar doentes em caso de necessidade para os estabelecimentos de saúde de referência.

Quando estiverem esgotados os meios que estão no terreno no nível dois, será ativado o nível de exceção, sendo acionado um hospital do Exército com 95 militares, um helicóptero da Força Aérea e ainda 216 operacionais que estão prontos a intervir.

No âmbito desta operação, a ANPC vai criar condições de segurança nos parques de estacionamento, onde vão existir carros de bombeiros para intervirem em caso de incêndios urbanos ou em viaturas, existindo também ambulâncias para prestar “o apoio necessário ao peregrino nesse local”.

Rui Esteves adiantou que todo o plano foi pensado ao pormenor, sendo exemplo disso as reuniões, visitas e auditorias com várias entidades de Fátima no âmbito da segurança contra incêndios em edifícios.

Por tudo isto, o comandante nacional, que vai coordenar a operação de proteção e socorro, garante que “o dispositivo é o adequado face aos possíveis cenários”.

Rui Esteves avançou também que vai ser ativado o alerta amarelo (terceiro numa escala de cinco) do sistema integrado de operações de proteção e socorro.

“Se vamos mobilizar cerca de 1.000 operacionais do sistema, não faria sentido que não fosse elevado. Vamos elevar para o nível amarelo não só a operação, mas os distritos que participam ativamente na primeira linha ou em redundância”, disse.

O comandante garantiu ainda que os meios que vão estar alocados à operação não vão fazer falta nos distritos de origem, designadamente Santarém, Leiria, Coimbra, Lisboa e Castelo Branco.