Os protestos tomaram conta das ruas do centro de Paris logo no domingo à noite mas, esta segunda-feira, já eram mais de 2000 pessoas as que se manifestavam contra a vitória de Emmanuel Macron — e contra o sistema capitalista que os seus críticos consideram estar representado no novo presidente de França. Os organizadores falam de 8000 pessoas entre a Praça da República e a Bastilha e a polícia já deteve 141 pessoas. Nas ruas de Paris, segundo vão detalhando os jornalistas presentes no local, grita-se contra o capitalismo: “Morte aos patrões!”, “Quem é que são os delinquentes? Eles são os delinquentes! Quem é a escumalha? Eles são a escumalha!”

Os protestos “anti-capitalistas” também aconteceram em Nantes, onde cerca de 450 pessoas se reuniram debaixo do grito de guerra: “Seremos ingovernáveis!”. Também em Lyon cerca de 300 manifestantes diziam-se preparados para uma “revolução social”. Também se registaram protestos em Estrasburgo e Poitiers, diz o L’Express.

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O protesto foi organizado pela CGT (Confédération Générale du Travail) um dos maiores sindicatos franceses com o principal objetivo de impedir a reforma na lei do trabalho proposta por Emmanuel Macron (que já François Hollande tinha apoiado e enfrentado por isso uma onda de protestos violentos). Uma das medidas mais controversas defendidas por Macron é a negociação das horas de trabalho empresa a empresa, abrindo a possibilidade à negociação individual o que dissolve o poder do trabalhador. O Observador detalha aqui o programa do novo presidente de França.