A marca germânica pode ainda estar atrasada nos seus sistemas de condução autónoma, mas está apostada em recuperar deste handicap e posicionar-se entre os melhores do mercado neste domínio. Foi isto mesmo que anunciou no Innovation Campus, que decorreu em San José, na Califórnia.

Para atingir rapidamente os seus objectivos, os alemães recorreram aos serviços da Intel, que não só é um monstro no que respeita ao desenvolvimento de chips e no processamento de informação – de que a condução autónoma necessita como de pão para a boca –, como esta empresa americana adquiriu recentemente a Mobileye, uma das mais avançadas no domínio de radares, câmaras de vídeo e LIDAR, dispositivos sem os quais não há automóveis sem condutor.

A prova que a BMW está optimista com o actual estágio de desenvolvimento surge reflectido no anúncio que, ainda este ano, irá colocar em testes uma frota com 40 veículos Série 7 nas estradas californianas, similares ao modelo exposto no simpósio em San José.

Este casamento entre a BMW e a Intel tem vantagens para ambos os lados. Para o fabricante alemão porque atinge mais rapidamente os seus objectivos, enquanto a Intel cria uma plataforma que irá fornecer inicialmente à BMW, mas que depois irá igualmente disponibilizar aos seus concorrentes. Porque a verdade é que, assim que as primeiras soluções de condução 100% autónoma estiverem disponíveis, todos os sistemas serão avaliados e comparados, e os fabricantes quererão montar apenas os melhores. Com a Mobileye, a Intel estará na linha da frente.

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