Caranguejola: eis uma nova expressão que promete entrar no léxico político nacional. Em entrevista ao Diário de Notícias, Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais e coordenador autárquico do PSD, ataca o PS em toda a novela em torno da candidatura à Câmara do Porto e, em atalho de foice, fala também da tão badalada “geringonça”. “Nunca gostei de usar essa expressão. Se tivesse de o qualificar [ao governo], seria mais uma caranguejola, porque aquilo é mais para andar para trás”, referiu.

“O Porto é um dos casos em que o PS tem falta de comparência. E não é só neste, há vários concelhos. O PSD apoia um independente no Porto? Mas é diferente. É um independente mas dentro de uma candidatura do PSD. Nós não nos envergonhamos, não temos candidaturas envergonhadas, não assumindo que são do partido. E o PS quando assume, pelos vistos, dá barraca. Diria até que uma barraca destas ultrapassa de longe qualquer problemazinho que o PSD tenha tido na condução deste processo autárquico“, explica o também candidato a Cascais.

Quando a vontade do Dr. Santana Lopes foi conhecida, reiniciámos o processo [em Lisboa]. Faltas de lealdade no processo? De algumas pessoas não tenho dúvida. De quem? Não quero personalizar”

Destacando que Oeiras foi uma das últimas decisões porque “é sempre um processo mais complexo e a estrutura local precisou de mais tempo”, Carreiras recordou também o processo em Lisboa, que teve como epílogo o avançar da candidatura de Teresa Leal Coelho. “Havendo a possibilidade de poder candidatar à Câmara alguém que tem um currículo muito forte, que é reconhecido como um dos grandes presidentes que Lisboa teve, o Dr. Santana Lopes, essa expectativa levou-nos a que tudo pudesse ser condicionado à manifestação de vontade do próprio… Quando a vontade do Dr. Santana Lopes foi conhecida, reiniciámos o processo. Faltas de lealdade no processo? De algumas pessoas não tenho dúvida. De quem? Não quero personalizar“, comentou.

Por fim, Carlos Carreiras abordou também a atual liderança do partido, sobretudo logo após os resultados das autárquicas. “As eleições internas vão colocar-se, necessariamente, depois das autárquicas, teremos um congresso eletivo. E aí será bom que se apresentem todos aqueles que entendam que têm um caminho alternativo a propor. Qual é a minha convicção? É que o partido, de uma forma esmagadora, se revê na liderança de Pedro Passos Coelho. É um homem de uma grande verticalidade e de uma grande honestidade”, salientou.

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