Com arranque da produção agendado para 2021, a próxima geração de veículos eléctricos da BMW, das quais fará parte o já desvendado protótipo iNext, nascerá num local diferente do escolhido para a actual gama eléctrica da marca da hélice. Assim, embora os modelos i3 e i8 sejam hoje em dia fabricados na moderna fábrica de Leipzig, os seus sucessores sairão da linha de montagem que a marca bávara possui na cidade de Dingolfing.

A próxima geração de veículos eléctricos da BMW, nomeadamente o percursor iNext, contará não apenas com novos sistemas de propulsão eléctrica, mas também com tecnologia de condução autónoma de nível 3. Ou seja, o veículo já poderá assumir, ainda que temporariamente e em determinadas condições, a maioria das funções inerentes ao acto da condução.

Contudo, já há rumores que sugerem que o iNext poderá vir mesmo preparado para, no futuro, oferecer o nível 4 de condução autónoma. O que, basicamente, significa que poderá assumir por completo a condução, excepto em situações excepcionais, como em mau tempo. No entanto, segundo outras fontes, esta hipótese estará ainda dependente do sucesso da parceria estratégica que a BMW já celebrou com a Intel e com a Mobileye.

Quanto à escolha de Dingolfing, uma unidade de produção mais antiga que Leipzig, decorreu, segundo explicou a BMW em comunicado, do facto desta fábrica ser, a par de Landshut, um dos centros de competência da marca em termos de produção de baterias de alta voltagem e motores eléctricos.

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Dingolfing já é responsável por 14,4% da produção

Dingolfing já produz as versões híbridas plug-in do Série 5 e Série 7, lado a lado com as versões equipadas com motores de combustão. Mas o iNext será, efectivamente, o primeiro modelo eléctrico que a unidade passará a produzir.

Par a escolha agora anunciada terá também contribuído o facto de esta fábrica ter sido responsável, só em 2016, pela produção de 340 mil veículos, ou seja, 14,4% do total de automóveis produzidos pela BMW no ano transacto. Sendo que, até à data, a marca da hélice investiu já mais de 100 milhões de euros na unidade, com vista à sua adaptação à electromobilidade, nomeadamente ao fabrico de baterias de alta voltagem para todos os automóveis eléctricos do grupo.

Recorde-se que a BMW tem como objectivo aumentar as suas vendas de eléctricos, das 62 mil unidades registadas em 2016, para as 100 mil unidades. Embora contabilizando, para tal, não apenas os dois modelos da submarca ‘i’, mas também versões como a do híbrido 530e Performance.

As expectativas da companhia são de que, até 2025, os modelos e versões eléctricas venham a representar entre 15 e 25 % do total das vendas do grupo.