As cheias das últimas três semanas no leste do Canadá obrigaram à retirada de cerca de três mil pessoas e provocaram inundações em quatro mil habitações de 166 comunas, de acordo com a proteção civil do Quebeque.

O primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau esteve esta quinta-feira no terreno a avaliar a extensão dos danos causados pelas inundações, considerando que o aumento da frequência dos desastres naturais está ligado às alterações climáticas.

O chefe do governo sobrevoou de helicóptero as zonas inundadas em Gatineau, perto da capital federal de Otava, assegurando que a ajuda federal irá complementar a ajuda parcial da província do Quebeque.

“Se as águas começarem a baixar, uma outra etapa de trabalho” começa para as populações “que devem fazer face aos danos”, afirmou Justin Trudeau, citado pela agência France Presse.

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Temos que ter consciência que a frequência dos fenómenos meteorológicos extremos aumentou e que isso é consequência das alterações climáticas”, acrescentou.

Além disso, uma catástrofe natural que ocorria uma vez em cada século “agora pode acontecer a cada dez anos” ou de forma mais recorrente, disse. “Isto significa que devemos reconstruir as nossas habitações e as nossas infraestruturas de maneira a que estas sejam mais sólidas e mais duráveis face a situações excecionais que enfrentamos agora”, defendeu o chefe de governo.

Por outro lado, o primeiro-ministro do Quebeque, Philippe Couillard, alertou as populações que vivem no leste da província francófona para a subida das águas previsível para as próximas horas, depois da descida progressiva verificada a oeste.

As forças armadas reforçaram o número de efetivos no terreno para ajudar as populações a protegerem as suas residências com sacos de areia.