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Viagem ao interior do helicóptero do Papa. Cabem 30 pessoas, parte primeiro mas chega depois e tem a potência de 68 Renault Clio

Este artigo tem mais de 5 anos

A viagem entre a base de Monte Real e o Santuário de Fátima vai ser feita a bordo de um EH-101 da Força Aérea Portuguesa. A missão, a cargo de três militares, foi preparada com o máximo de discrição.

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Os pormenores da viagem do Papa depois de chegar a Portugal — entre a Base Aérea de Monte Real, em Leiria, e o Santuário de Fátima –, a cargo da Força Aérea Portuguesa, foram mantidos em máximo sigilo. A própria equipa escolhida para pilotar o EH-101 só soube da responsabilidade de que tinha sido incumbida algumas horas antes da chegada do chefe da Igreja Católica. Mas há algumas curiosidades sobre o helicóptero que a Força Aérea Portuguesa partilhou com o Observador.

O EH-101 de Francisco é o primeiro a levantar voo da Base Aérea Nº5. O helicóptero de Marcelo Rebelo de Sousa, um modelo idêntico àquele em que seguirão o Papa e a sua comitiva, parte logo depois. Mas o Presidente da República será o primeiro a aterrar em Fátima – para que possa cumprir o protocolo de Estado à chegada de Francisco.

O helicóptero do Papa pode transportar até 30 pessoas. Da Força Aérea, vão estar a bordo três elementos: piloto, co-piloto e operador de sistemas. Além dos militares, no EH-101 – um dos 12 que a FAP tem ao seu serviço – seguem “sua Santidade e comitiva”. Fica por perceber quantos são os elementos da equipa do Papa, mas o helicóptero pode transportar até 27 elementos do núcleo mais restrito que acompanha Francisco. “A capacidade máxima de peso transportado pelo helicóptero é de 15.600 kg”, acrescenta a FAP, quase o dobro do peso do aparelho que, vazio, chega aos 9.600 quilos.

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Dentro do helicóptero do Papa

O EH-101 é habitualmente usado em três tipos de missões: busca e salvamento, fiscalização de pescas e busca e salvamento em combate.

Numa missão bastante diferente das habituais, a viagem entre a Base Aérea Nº5 e o Santuário não deverá demorar mais de 40 minutos, mesmo contando com a volta mais longa que o EH-101 de Francisco terá de fazer para que Marcelo possa antecipar a sua chegada a Fátima. Isso permitirá ao Papa ter uma vista privilegiada sobre o Santuário, onde se prevê que cerca de um milhão de pessoas se reúna para participar nas celebrações do centenário das aparições.

Mesmo com voltas extra, o helicóptero está longe – muito longe mesmo – de esgotar a sua capacidade de voo. Tem “5h30 horas [de tempo de voo possível] ou 7h30 com tanque extra de combustível de autonomia de voo”, explica a FAP. São mais de 4.000 litros de combustível.

“O combustível consumido na viagem do Papa, assim como em todas efetuadas pelo EH-101, vai depender da velocidade, altitude e de meteorologia”. Na viagem entre Monte Real e Fátima, esse dado fica em aberto: “A altitude a que o helicóptero vai voar não é divulgada por segurança”, refere a FAP.

O site daquele ramo também avança alguns pormenores destes aparelhos: três motores (com uma potência de 5.100 cavalos, qualquer coisa como os motores de 68 Renault Clio com 75 cavalos a trabalhar juntos), uma velocidade máxima de 279 quilómetros/hora e a possibilidade de subir até aos 10.000 pés de altitude (ou três mil metros). Pormenor: dentro do helicóptero podem ser arrumadas até 16 macas (uma possibilidade mais adequada a missões de combate ou missões humanitárias do que propriamente ao transporte do Papa).

Depois, ainda há as características técnicas. O EH-101 tem uma altura de 6,61 metros, quase 23 metros de comprimento e 18,6 metros de envergadura. As cinco pás são igualmente largas: 18,6 metros cada. A estrutura do helicóptero é composta por “materiais compósitos e alumínio, tendo 6 monitores de controlo para todos os parâmetros de voo, que estão equipados com sistema de prevenção contra obstáculos, terreno e anti-colisão”, refere a Força Aérea.

A equipa que transporta o Papa

De toda a missão, o maior nível de confidencialidade foi talvez aquele que se ergueu em torno da equipa que vai levar o Papa até ao Santuário de Fátima. Quem são, como foram escolhidos, como se prepararam? Por “questões de segurança”, e até para resguardar os militares, a Força Aérea optou por não revelar esses dados.

“Para esta missão, os critérios para a seleção da tripulação prendem-se com a qualificação, experiência e disponibilidade do piloto neste helicóptero”, limita-se a indicar a FAP. Há, pelo menos, um pormenor divulgado e que tem que ver com a preparação de um militar até que possa sentar-se aos comandos de um destes helicópteros. “Após a obtenção de qualificação para voar helicóptero, a qualificação para voar EH-101 é conseguida após 25 horas de voo nesta aeronave”, esclarece a Força Aérea.

Certo é que nenhum dos militares da Força Aérea estará armado. “O uniforme usado pelos tripulantes é o fato de voo e não fazem uso de porte de arma”, refere a FAP.

Tal como acontece para os planos do voo até Fátima, a FAP tem planeadas alternativas para a eventualidade de a equipa designada para esta missão ficar impossibilitada de cumprir a tarefa (por exemplo, caso um dos elementos adoeça). “Existem tripulações de reserva” e as opções B, C e D estão já alinhadas para o caso de terem de entrar em ação.

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