O ciberataque lançado na sexta-feira contra vários países e grandes empresas foi de “um nível sem precedentes”, revelou este sábado o gabinete europeu da Europol.

“O ataque recente é de um nível sem precedentes e vai exigir uma investigação internacional complexa para identificar os culpados”, indica um comunicado do gabinete europeu de polícias Europol.

O Centro Europeu contra a Cibercriminalidade (EC3) “colabora com as unidades de cibercriminalidade dos países afetados e com os maiores parceiros industriais de forma a atenuar a ameaça e socorrer as vítimas”, acrescenta o comunicado.

Os últimos dados sobre o ciberataque dão conta de mais de 75 mil ataques em 99 países, avança a empresa de segurança informática Avast, citada pela CNN. A multinacional de serviços tecnológicos Claranet diz que o ataque informático de grandes dimensões atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca.

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Os ministros das Finanças do G7 (o grupo das principais economias mundiais), reunidos este sábado em Itália, concentram a sua atenção na cibersegurança, um tema que já constava na agenda do encontro quando ocorreram os ataques informáticos.

“Temos um acordo que abrange vários assuntos…entre os quais a luta contra os crimes informáticos que, infelizmente, estão na atualidade”, comentou o ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan.

Em Portugal, a PT Portugal alertou os seus clientes para o vírus perigoso (malware) a circular na Internet, pedindo aos utilizadores que tenham cautela na navegação na rede e na abertura de anexos no email. Grandes empresas como a EDP, mas também o BCP e a Caixa Geral de Depósitos, cortaram os acessos à Internet da sua rede para prevenir eventuais ataques informáticos. Segundo a edição do Expresso, também o Serviço Nacional de Saúde tomou medidas preventivas limitando mails e acesso à internet.

No Reino Unido foram reportados importantes problemas informáticos em Hospitais do serviço nacional de saúde local, tendo sido suspenso o atendimento a doentes externos em algumas unidades.

A Polícia Judiciária está a acompanhar e a tentar perceber o alcance do ciberataque que tem como alvo empresas, segundo o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime da PJ.

Em Espanha, a multinacional de telecomunicações Telefónica foi obrigada a desligar os computadores da sua sede em Madrid, depois de detetar um vírus informático que bloqueou alguns equipamentos.