Carlos Alexandre vai manter-se como juiz de instrução da Operação Marquês. Primeiro foi o Tribunal da Relação de Lisboa a dar-lhe razão, agora — e após recurso de José Sócrates — é o Supremo Tribunal de Justiça a fazê-lo.

O acórdão do Supremo foi emitido a 10 de maio e vem colocar um ponto final no pedido de recusa do juiz Carlos Alexandre, interposto pelo ex-primeiro ministro em setembro, poucos dias após uma entrevista do magistrado judicial à SIC.

José Sócrates pede recusa do juiz Carlos Alexandre

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Após a entrevista — ou, segundo o ex-primeiro ministro, um “monólogo apoiado” –, José Sócrates acusou Carlos Alexandre de lhe ter devassado “a vida pessoal e política”, alegando ainda que o juiz de instrução o “odiava” e “perseguia”.

No pedido de recusa, José Sócrates considerava que Carlos Alexandre usou valores seus (o juiz garantia então que a “modéstia” e o “trabalho honrado” não lhe permitiam “estudar, escrever livros ou participar em seminários para progredir na carreira”) em contraponto com os do próprio Sócrates, apontando, indiretamente, este como o oposto para que, assim, o pudesse indiciar de “todos os males e culpas”.

O Ministério Público deverá acusar José Sócrates até final de julho.