Desde 2012 que um grupo denominado Cartivator, composto por cerca de 20 jovens engenheiros japoneses do sector automóvel, da indústria aeroespacial e de uma startup, tem vindo a desenvolver, nos seus tempos livres, um automóvel voador – SkyDrive de seu nome. Ao longo destes anos, o apoio da Toyota a este projecto tem-se limitado à cedência das instalações de uma antiga escola primária na Perfeitura de Aichi, com o respectivo financiamento a ser assegurado, essencialmente, por iniciativas de crowfunding levadas a cabo na Internet.

Mas a marca japonesa mudou de ideias, e decidiu contribuir com 42,5 milhões de ienes (cerca de 340 mil euros) para que o projecto possa descolar. Como declarou Takeshi Uchiyamada ao Nikkei Asian Review, “as coisas não progridem se nos limitarmos a esperar e a disponibilizar fundos apenas quando a tecnologia estiver pronta”.

Por agora, o Cartivator apenas tem pronto um modelo à escala 1/5, já em fase de testes, que prevê sentar um único ocupante numa canópia em formato de bolha, com as laterais abertas, rotores nos quatro cantos do veículo (que asseguram o voo) e uma configuração de três rodas (duas na traseira, e uma central na frente) para circulação no solo, sendo o comprimento do veículo de 2,9 metros, a largura de 1,3 metros e a altura de 1,1 metros. Mas tem por objectivo mostrar o formato final do SkyDrive, em tamanho real, já no próximo Verão.

Em termos de performance, a meta é que o SkyDrive seja capaz de voar a uma velocidade máxima de 100 km/h a 10 metros do solo, e de circular sobre o asfalto até aos 150 km/h. Em Julho 2018, o Cartivator pretende ter pronta uma versão apta a operar em voo pilotado, e, no final do próximo ano, colocar no ar uma versão já com piloto a bordo. Isto porque o seu grande objectivo é mesmo que o SkyDrive seja utilizado para o acender da Chama Olímpica dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020. Enquanto isso não acontece, pode acompanhar a evolução do projecto, em diferentes vídeos, aqui.

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