Três pessoas morreram, pelo menos 22 ficaram feridas e mais de uma centena foram detidas pelas autoridades desde segunda-feira em várias localidades da Venezuela, no âmbito de protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

Em Barinas, terra natal do falecido líder socialista Hugo Chávez, que presidiu a Venezuela entre 1999 e 2013, um jovem de 17 anos morreu esta terça-feira, depois de ter sido ferido a tiro no olho direito na segunda-feira.

O protesto teve lugar em Pedraza, onde um grupo de populares decidiu manifestar-se incendiando pneus e bloqueando várias ruas, até que foram reprimidos por oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar).

Em Táchira (830 quilómetros a sudoeste de Caracas), duas pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas, depois de resistirem durante várias horas à repressão da GNB. As vítimas foram um jovem de 18 anos e um homem de 32 anos.

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Vídeos divulgados pelo Twitter dão conta de que as forças de segurança usaram tanquetas, escudos e gás lacrimogéneo para reprimir os opositores e também que os manifestantes conseguiram rodear a polícia.

Fontes não oficiais dão conta de que pelo menos 22 pessoas ficaram feridas, duas por tiros de arma de fogo e 20 por tiros de borracha.

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril último, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de maio último pelo Presidente Nicolás Maduro. Dados oficiais dão conta de que pelo menos 41 pessoas já morreram desde o início da crise.

No entanto, segundo o Observatório Venezuelano de Conflituosidade Social, entre 1 de abril e 7 de maio, pelo menos 44 pessoas morreram nos protestos.