A NATO tem 5 super drones a vigiar o Mediterrâneo. A decisão da Aliança do Atlântico Norte visa tentar combater a ameaça terrorista e o tráfico de refugiados que transformou este mar no “maior cemitério da Europa”.

Chamam-se super drones e não é por acaso: estes aparelhos estão longe de ser os típicos drones de pouco peso e de fácil manuseamento. Na verdade, estes instrumentos atingem os 4 metros e os 7.000 quilos. Os drones RQ-4B Global Hawk Block não são tripulados e conseguem atingir os 575 km/h. Estão equipados com sensores que lhes permite atuar em condições metereológicas adversas e conseguem escapar a quase todos os radares. Com estes novos aparelhos vão poder obter-se informações detalhadas e ao minuto daquilo que acontece no mediterrâneo e nas suas zonas de influência. A NATO acredita também que permitirá atuar com maior rapidez e precisão, já que, até agora, as informações vinham de rastreios efetuados por forças armadas aliadas.

Neste processo, estão envolvidos 15 países: Bulgária, República Checa, Dinamarca, Estónia, Alemanha, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Estados Unidos. Na construção destes aparelhos participam empresas da Alemanha, da Itália e da Noruega. Para a NATO, esta união representa uma interação e colaboração entre os diferentes países membro.

Ao contrário de outros instrumentos de ataque, a organização garante que estes superdones têm uma missão exclusivamente de defesa. O objetivo, segundo a NATO, passa por controlar e combater as ameaças terroristas do Médio Oriente e da África subsariana. A organização justifica mais esta medida como uma “proteção das tropas do terreno e dos civis, o controlo de fronteiras e a segurança marítima, luta contra o terrorismo e assistência humanitária.”

Esta ação ainda está em desenvolvimento mas fontes da organização acreditam que os aparelhos podem ser usados no final deste ano, talvez até depois do verão. A operação da Organização do Tratado do Atlântico Norte tem uma base de operações localizada em Sigonella, na Sicília (Itália), e está inserida no programa Alliance Ground Surveillance (Vigilância Terrestre da Aliança).

O mediterrâneo tem sido palco de luta pela estabilidade da Europa, da África e do Médio Oriente. Esta medida vem juntar-se a outras forças de reação de resposta da NATO no Mediterrâneo. Desses mecanismos destacam-se as duas fragatas (Reina Sofia e Alvaro de Bazán) que a Armada Espanhola tem a operar no local, o controlo policial aéreo que é feito em vários pontos de influência no ponto alto das tensões leste-oeste ou o destacamento militar na Turquia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR