Aos 25 anos, a neta mais velha do imperador japonês vai ser obrigada a abandonar a família real para poder casar com Kei Komuro, da mesma idade. A lei imperial japonesa obriga princesas da família real a abdicarem do estatuto quando casam fora da realeza.

Kei e Mako conheceram-se quando estudavam em Tóquio. Não é a primeira vez que algo do género acontece dentro da família real japonesa. Em 2005, a tia da princesa, a ex-princesa Sayako, casou com um funcionário da câmara de Tóquio. Na altura, teve de aprender a fazer tarefas banais, como conduzir e fazer compras no supermercado. Sayako é a única filha do imperador e, como tal, não tinha direito ao trono.

O caso vai reacender o debate sobre as leis imperiais e a sucessão real com o imperador Akihito, agora com 83 anos, a anunciar que gostava de abdicar do trono – há dois séculos que nenhum imperador abdica do trono. Aliás, a lei em vigor não o permite. Contudo, o governo está a considerar alterar a legislação para permitir que o imperador abdique do cargo – mas deverá deixar inalterada a lei que só permite que o cargo de imperador seja ocupado por um homem, questão que está na mesa de debate há anos.

Graças a esta lei, há apenas quatro possíveis herdeiros ao Trono do Crisântemo. São eles os filhos do imperador, Naruhito e Fimihito, o neto Hisahito, e o irmão Masahito. Questionada sobre as notícias do casamento da princesa e sobre a sucessão real, o secretário de estado, Yoshihide Suga, explicou à Reuters que “não há uma mudança no nosso objetivo de proceder com consideração para com os passos a tomar de forma a garantir uma sucessão imperial estável”.

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