O Asiático

Rua da Rosa, 317 (Príncipe Real), Lisboa. 21 131 9369. Todos os dias das 12h30 às 17h e das 19h30 às 00h. facebook.com/OAsiaticoChefKiko

Preço Médio: 35€
Quando abriu: Outubro de 2016

Ainda antes de abrir o seu primeiro restaurante em Lisboa – o Talho, em 2013 –, Kiko Martins fez uma viagem pelo mundo inteiro durante 14 meses seguidos. Muito do que viu e provou na Ásia nessa ocasião serviu-lhe de inspiração ao que dá a ver e provar neste O Asiático. A ementa do restaurante é, como o próprio gosta de a definir, uma viagem do Nepal ao Japão pelos seus olhos. Ou seja, se cada prato traz produtos e sabores típicos daquelas paragens, também traz twists criativos de sua autoria, como no caso do tártaro de novilho coreano com espuma de ostras ou de uma sobremesa de caril que já ganhou fama (merecida) na cidade.

(foto: © Francisco Rivotti)

Beco Cabaret Gourmet

Rua Nova da Trindade, 18 (Chiado), Lisboa. 21 093 9234. Quinta, domingo e segunda: restaurante das 20h30 às 22h45; bar das 23h à 01h. Sexta e sábado: restaurante das 19h30 às 21h45 e das 22h à 00h; bar da 00h às 02h. becocabaretgourmet.pt

Preço Médio? 150€
Quando abriu? Março de 2017

No último ano, a palavra-fetiche dos chefes de cozinha deixou de ser “produto” e passou a ser “experiência”. Mas se a maioria tenta provocar essa experiência pela refeição, José Avillez foi mais longe e decidiu abrir um cabaré gastronómico dentro do seu Bairro – outra das novidades de 2016. O chefe do Belcanto tem tradição familiar na matéria: o trisavô, José Ereira, foi proprietário do mítico clube Maxim’s no Palácio Foz. Aqui, há atrações musicais no palco e alguns dos best-sellers de Avillez sobre a mesa, com reinvenções à mistura, caso da galinha dos ovos de prata ou do carabineiro com cinzas de alecrim, com apoio de um bar competentíssimo, com cocktails de assinatura.

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(foto: © Bruno Calado)

Euskalduna Studio

Rua de Santo Ildefonso, 404 (Santo Ildefonso), Porto. 93 533 5301. De quarta a sábado, das 19h às 23h. euskaldunastudio.pt

Preço Médio? 100€
Quando abriu? Dezembro de 2016

Não será despropositado escrever que não há outro restaurante assim em Portugal. Não há no Porto, não há em Lisboa, não há em lado nenhum. Vasco, que trocando os vês pelos bês, é Basco, e que no País Basco – onde viveu e trabalhou três anos – é Euskalduna, é um chefe talentoso. Mas pôs esse talento, primeiro, ao serviço do frango, num projeto, o Baixópito, que lhe permitiu ir desenvolvendo o conceito do Euskalduna nalguns jantares privados. Quando finalmente avançou para o seu estúdio de alta cozinha fê-lo em grande: é um espaço desenhado a preceito onde 16 felizardos podem experimentar as suas criações em menus degustação cheios de rasgo.

(foto: © Pedro Granadeiro / Global Notícias)

A Cozinha

Largo do Serralho, 4, Guimarães. 253 534 022. De terça a sábado das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 23h. Segunda das 19h30 às 23h. facebook.com/ACozinhaPorAntonioLoureiro

Preço Médio? 40€ por pessoa
Quando abriu? Julho de 2016

No verão do ano passado, e depois de uma série de anos em cozinhas de gabarito, António Loureiro voltou à cidade-berço – que o é duplamente, no seu caso – para abrir e chefiar a sua cozinha. E não lhe chamou outra coisa que não isso: A Cozinha por António Loureiro. Nela, o Chefe Cozinheiro do Ano de 2014 faz bem o que muitos tentam noutras paragens com menos talento e sucesso: uma abordagem moderna ao receituário nacional, com especial foco no que é típico do Minho e arredores. As propostas vão mudando conforme as estações e os produtos disponíveis. E alguns deles não podiam ser mais locais: vêm da pequena horta plantada no terraço.

(foto: © João Gigante)

Restaurante Pedro Limão

Rua Morgado de Mateus, 49 (São Lázaro), Porto. 96 645 4599. Segunda-feira das 11h às 18h. De terça a sexta das 11h às 23h; sábado das 18h às 23h. facebook.com/restaurantepedrolimao

Preço Médio? 40€ por pessoa
Quando abriu? Abril de 2017

A ocasião pode fazer o ladrão mas também o restaurante. E depressa, como o prova a nova casa, homónima, de Pedro Limão. A saída de um projeto no Algarve fê-lo voltar ao Porto, a sua cidade adotiva – é natural de Viana do Castelo – e em apenas quatro meses montar um restaurante de raiz. Montar, neste caso, não é figura de estilo, antes consequência da filosofia faça você mesmo presente das mesas aos quadros, alguns pintados por Cátia Morais, a mulher do chefe, que também assegura as operações da sala. O trabalho criativo estende-se a um menu onde já se serviram coisas tão inusitadas como açorda de cogumelos shitake ou gema curada com presunto triturado.

(foto: © João Pádua)

Mon-Chic

Macdonald Monchique Resort & Spa. Lugar do Montinho, Monchique. 282 240 130. De terça-feira a sábado, das 19h às 22h. www.macdonaldmonchique.com

Preço Médio? 50€ por pessoa
Quando abriu? Julho de 2016

Quando se pretende elogiar o interior algarvio, por oposição ao litoral, nada como começar pela gastronomia. Porque se junto ao mar é facílimo cair em armadilhas para turistas, de Marmelete a Alcoutim essa hipótese diminui drasticamente. Ora, o Mon-Chic veio reforçar esses argumentos no último verão. Louis Anjos, o chefe executivo, regressou a uma região que conhece como poucos para assinar a carta deste que é o principal restaurante do Macdonald Monchique Resort & Spa. E fê-lo focando-se no melhor que o Algarve tem, tanto de origem oceânica como serrana: do marisco ao javali, das papas de milho ao peixe fresco.

(foto: © Divulgação)

Origens

Rua dos Burgos, 10, Évora. 964 220 790. De terça a sábado, das 12h30 às 15h, das 19h30 às 22h30. origensrestaurante.com

Preço Médio? 25€ por pessoa
Quando abriu? Junho de 2016

Em Évora, há destinos que se mantêm incontornáveis, casos do Fialho, da Tasquinha do Oliveira ou da Taberna Típica Quarta-Feira. Talvez daqui a uns anos se possa juntar o Origens a esta lista. O pequeno restaurante do chefe Gonçalo Queiroz, que fez parte da carreira na cidade alentejana antes de se lançar a solo, é um bom exemplo de como não é preciso complicar para ser bem sucedido. Basta deixar que os bons produtos, muitos deles locais, falem por si, respeitando-os. E Gonçalo respeita-os, numa cozinha à vista dos clientes, recriando umas receitas e recuperando outras, do polvo ao borrego, promovendo, pelo caminho, harmonia constante com os vinhos da região.

(foto: © Divulgação)

Tapisco

Rua Dom Pedro V, 81 (Príncipe Real), Lisboa. 21 342 0681. Todos os dias, das 12h às 00h. tapisco.pt

Preço Médio? 25€ por pessoa
Quando abriu? Fevereiro de 2017

Henrique Sá Pessoa e o sócio Rui Sanches decidiram, no mais recente espaço do chefe, casar tapas e petiscos pondo em causa a velha máxima que assegura que do lado de lá da fronteira nem bons ventos, nem bons casamentos. “É cozinha ibérica. Metade da carta é portuguesa, metade é espanhola”, assume Sá Pessoa, que conta com uma subchefe experimentada na matéria: Joana Duarte, que em Barcelona passou pelo Moo, dos irmãos Roca, e pelo Tapas 24 de Carles Abellan. Assim, o bacalhau tanto é à Brás como em esqueixada, uma salada catalã e o choco tanto é frito como a sua tinta dá cor à paella. Para matar a sede, há vermutes. À espanhola.

(foto: © Tiago Pais / Observador)

Oficina

Rua Miguel Bombarda, 273-282 (Cedofeita), Porto. 22 071 0766 / 93 671 2384. Segunda-feira das 19h às 23h, de terça a sábado das 12h30 às 15h e das 19h às 23h (sexta e sábado até às 00h). www.oficinaporto.com

Preço Médio? 40€
Quando abriu? Setembro de 2016

O espaço que o galerista Fernando Santos converteu, no início do século, de oficina automóvel para galeria de arte, tornou-se também, em setembro passado, um restaurante. E o também não está aqui por acaso. É que neste Oficina as criações artísticas partilham o espaço com as gastronómicas, que chegam pela mão do chefe transmontano Marco Gomes, do antigo Foz Velha. A carta é renovada trimestralmente, sempre com muitas influências da região-natal do chefe: a última carta, lançada em fevereiro, trouxe, entre outras criações, a típica alheira com grelos, sim, mas também com ovo de codorniz e creme de pimentos assados. É ou não é arte?

(foto: © Divulgação)

Leopold

Pátio de Dom Fradique, 12 (Castelo), Lisboa. 21 886 1697. De quarta a sábado, das 19h às 23h. facebook.com/restaurante.leopold

Preço Médio? 50€
Quando abriu? Abril de 2017

O Leopold é um restaurante novo sem ser, propriamente, um novo restaurante. Nascido em 2014, numa antiga padaria pelas mãos de Tiago Feio e Ana Cachaço – marido e mulher, chefe e chefe de sala — fechou em maio do ano passado. E porquê? Porque a mudança para um novo espaço, junto ao Palácio Belmonte, estava marcada para o outono. Problema: demorou quase um ano a concretizar-se. Mas valeu a espera. A nova casa, minimalista, com a cozinha à vista, tem personalidade. Tal como o menu de degustação que sai da cozinha de Tiago Feio, com propostas criativas, entre elas uma incrível emulsão de túberas e azeite com crocante de especiarias.

(foto: © Tiago Pais / Observador)

Artigo originalmente publicado na edição comemorativa do terceiro aniversário do Observador a 19 de maio de 2017