O festival Nuits Sonores, que decorre a partir de terça-feira em Lyon, França, dedica três dias da sua programação à música portuguesa e inclui ainda ateliês de artistas portugueses e um debate sobre as indústrias criativas de Lisboa.

Este ano a organização do festival decidiu dar ‘Carte Blanche à Lisbonne’ [Carta Branca a Lisboa], por considerar que “a cena musical de Lisboa é um símbolo de abertura e a generosidade dos músicos uma bela lição de esperança”, lê-se no ‘site’ da iniciativa.

No primeiro dia de ‘Carta Branca a Lisboa’, na quinta-feira, atuam Bispo, Jibóia, Rocky Marsiano & Meu Kamba Sound e Marfox (DJ set).

Para o segundo dia, sexta-feira, estão marcadas as atuações de The Mighty Sands, Keep Razors Sharp, Niagara e Rastronaut (DJ Set). No último dia, sábado, atuam Lovers & Lollypops (DJ Set), Pega Monstro, The Legendary Tigerman, De los Miedos (DJ Set) e Black (DJ Set).

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No entanto, os músicos não são os únicos portugueses em destaque na 15.ª edição do festival.

Os artistas Bordalo II e Maria Imaginário fazem parte da secção “Mini Sonore” do festival, dedicada às crianças, cujas atividades decorrem entre quinta-feira e domingo. Os artistas portugueses são responsáveis por dois dos quatro ateliês da programação da “Mini Sonore”.

Esta secção do festival inclui também concertos e festas, que serão da responsabilidade de artistas, bandas e DJ portugueses. Na quinta-feira atuam, Jibóia e DJ Marfox, na sexta-feira, Keep Razors Sharp e De Los Miedos, e, no sábado, Mighty Sands e Lovers & Lollypops.

As atividades da “Mini Sonore” são de acesso gratuito para crianças com idades entre os quatro e os 12 anos.

Além disso, da programação do festival faz ainda parte o debate “Breathing life into Lisbon (Case study)” [Dar vida a Lisboa (Estudo de caso)], no qual participam a secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, o presidente executivo da incubadora de empresas Startup Lisboa, Miguel Fontes, e a responsável pelo espaço Village Underground Lisboa, Mariana Duarte Silva.

Na apresentação do debate, marcado para quinta-feira, recorda-se que “em 2011, com Portugal em plena crise económica, o então presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, identificou as indústrias criativas como meio para impulsionar a regeneração da cidade” e que “devagar, mas segura, a cidade voltou a erguer-se”.

“Poderá esta ser a nova Berlim?”, questiona-se.

A organização do festival considera que, “ao investir na juventude, apoiando o empreendedorismo cultural, facilitando o cruzamento de competências e de saberes dos atores no seu território, a capital portuguesa impõe um modelo de desenvolvimento territorial moderno e dinâmico”.

O festival Nuits Sonores decorre entre terça-feira e domingo em Lyon, França. Do cartaz fazem parte bandas e artistas como os franceses Air, a russa Nina Kraviz, o sueco The Field e o inglês Jon Hopkins.