A justiça militar em Gaza, território palestino controlado pelo Hamas, condenou este domingo à morte três homens acusados do assassínio de um comandante deste movimento islamita a mando de Israel.

No final de quatro dias de processo, Achraf Abou Leila, de 38 anos, foi condenado à morte por enforcamento.

Os dois cúmplices, que respondiam por “colaboração” com o inimigo israelita, foram igualmente condenados à pena capital.

Durante uma conferência de imprensa, o presidente do tribunal militar, Nasser Sleimane, precisou que “Hicham A., de 44 anos, será enforcado e Abdallah N. fuzilado”.

As autoridades do Hamas tinham anunciado a detenção, nas últimas semanas, de três suspeitos.

A 24 de março, Mazen Faqha, um comandante do braço armado do Hamas, foi abatido a tiro à porta de casa, na Faixa de Gaza.

O Hamas invocou o profissionalismo da operação e acusou Israel, ajudado por “colaboradores”, de ser o responsável.

O chefe do movimento, Ismail Haniyeh, prometeu que os criminosos seriam castigados, depois de a morte de Faqha ter agitado a Faixa de Gaza e o interior do movimento, com promessas de vingança e ameaças de uma nova escalada militar com Israel.

As autoridades do Hamas difundiram gravações das “confissões” dos três suspeitos, provocando preocupação entre os defensores dos direitos humanos, que acusaram as forças de segurança do Hamas de usar “meios de coação e tortura.”

Após o assassinato, os serviços de segurança lançaram uma grande campanha contra o colaboracionismo com Israel, afirmando terem detido 45 pessoas.

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