Crónica candidata à liderança da tabela das maiores marcas premium em termos globais, a BMW perdeu recentemente o ceptro para a vizinha e rival Mercedes-Benz. Contudo, o fabricante de Munique acaba de receber agora uma espécie de “prémio de compensação”, ao ascender ao 1º lugar entre as marcas de luxo na China.

Segundo os últimos números, relativos a Abril, as vendas do Grupo BMW naquele que é o maior mercado mundial atingiram 48.869 unidades, uma vez somadas as vendas das marcas BMW e Mini. Valor que representa uma subida de 39% face ao mês anterior.

A forte subida registada em Abril vem, de resto, confirmar uma tendência que se faz notar desde o início do ano, e que permitiu ao fabricante terminar os primeiros quatro meses de 2017 com um crescimento de 18%, com um total de 191.697 automóveis vendidos.

Quanto às rivais Audi e Mercedes-Benz, agora ultrapassadas pela casa de Munique, importa referir que a marca da estrela não foi além dos 47.627 veículos transaccionados em Abril, (um crescimento de 35%), ao passo que a Audi registou mesmo uma queda nas vendas, de 6,9%, com um total de 46.166 viaturas comercializadas. A marca dos quatro anéis, que há muito era a marca líder entre os premium na China, tem vindo a ser fortemente penalizada nos últimos meses pela guerra que mantém com os concessionários locais do Grupo Volkswagen, descontentes com a intenção da Audi em criar uma rede de vendas própria. Motivo que levou mesmo a que os concessionários, numa posição de força, tenham passado a recusar-se a encomendar quaisquer carros ao fabricante de Ingolstadt.

Relativamente à BMW, o diário alemão Handelsblatt noticiou recentemente que a marca a hélice pretende apostar num crescimento rápido das suas vendas a nível mundial. Começando desde logo por duplicar, nos próximos cinco anos, a capacidade de produção que actualmente detém na China, para as 600 mil viaturas. O fabricante possui ainda planos para aumentar a capacidade de cada uma das suas fábricas, de forma a que possam produzir também veículos eléctricos.

Recorde-se que, na China, a BMW opera através de uma joint-venture, dividida em partes iguais, com a chinesa Brilliance China Automotive Holdings.

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