Quando o carregamento das baterias dos automóveis eléctricos por indução, sem fios mas estático, ainda vai sendo uma promessa para os tempos vindouros, a Renault apresenta já uma solução que permite que essa operação seja efectuada em andamento. Uma solução criada ao abrigo do projecto FABRIC, lançado em 2014 e organizado por um consórcio europeu de 25 parceiros oriundos de nove países (entre fabricantes de automóveis, fornecedores de equipamentos e de serviços, e organismos de pesquisa sobre as infraestruturas automóveis, estradas e energia), cuja principal missão é avaliar a fiabilidade do carregamento dinâmico de automóveis eléctricos, com vista à respectiva difusão.

No caso concreto, a marca do losango, em conjunto com a Qualcomm Technologies e a Vedecom, concebeu um sistema apto a carregar 20 kW a velocidades que podem ir até aos 100 km/h. Uma solução cuja efectividade foi comprovada por um Kangoo Z.E e por uma pista de testes com 100 metros de comprimento, construída pela Vedecom nas imediações de Versalhes.

Feita a prova da validade desta tecnologia, resta agora saber da sua aplicabilidade prática, até porque a sua implementação depende da estrutura viária. O que, como é evidente, acarreta implicações óbvias, em termos de logística e custos, necessariamente distintas consoante as latitudes onde possa vir a ser adoptada. Mas não restam dúvidas de que o primeiro passo está dado.

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