As pessoas estão no foco da atenção das 129 empresas que integram a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED): de um lado estão os consumidores e do outro, os seus mais de 110 mil colaboradores.

O ramo alimentar é responsável pela maior parte desta mão-de-obra, com 73% dos trabalhadores. A grande maioria – 90% – tem pelo menos o 3º ciclo completo. No ramo não alimentar a qualificação é ainda mais significativa: 97% dos colaboradores têm pelo menos o 3º ciclo, e destes, 17 % têm ensino superior universitário e 4% possuem ainda mais habilitações. Entre os ramos alimentar e não alimentar a média atingiu os 10,5 % de profissionais com formação superior em 2015, taxa que em 2010 era de apenas 8 %.


Ventos de mudança

Os números traduzem uma nova realidade vivida pelo retalho e a distribuição. “O setor tem estado empenhado em prestar serviços de excelência e, neste âmbito, os nossos colaboradores desempenham um papel muito importante. O perfil dos recursos humanos tem vindo, desta forma, a alterar-se no que diz respeito à escolaridade, formação e qualificação profissional, refletindo esta necessidade de prestar serviços cada mais diversificados e que pedem uma maior especialização”, observa Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral APED.

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De acordo com a diretora-geral da APED, “esta nova abordagem coloca também novos desafios às empresas, estimulando o desenvolvimento de políticas de recursos humanos em áreas tão diversas como a gestão do talento ou a compatibilização entre a vida profissional e familiar”.

O estudo

As Nossas Pessoas – Um retrato social da Distribuição é um estudo que revela os principais indicadores dos recursos humanos das empresas associadas da APED. Foi realizado com base nos seus balanços sociais até 2008 e posteriormente através de um questionário relativo ao período entre 2009 e 2015. O estudo será apresentado na íntegra no próximo dia 1 de junho.