O ex-primeiro-ministro grego Lucas Papademos foi alvo de um ataque com explosivos. Segundo vários meios de comunicação helénicos, a explosão que se deu no carro do antigo governante foi provocada por uma carta armadilhada. O antigo governante foi levado para o hospital mas está “estável e consciente”.

As primeiras informações dão conta de que a explosão ocorreu no centro de Atenas. Não é claro se apenas um do passageiros sofreu ferimentos — Papademos seguia com o motorista. Alguns meios dão conta de que o antigo primeiro-ministro e o motorista poderão ter sofrido ferimentos ligeiros nas pernas ou na zona do abdómen. De acordo com o Naftemporiki, o antigo governante terá sido encaminhado para um hospital da capital grega. O KataEkathimerini concretiza: Papademos foi levado para o hospital Evangelismos.

De acordo com a polícia, a explosão ocorreu no interior do carro em movimento, no momento em que o antigo governante abriu a carta. Estava no cruzamento entre a Patission e a rua Marnis por volta das 18h30 locais. A polícia ainda não confirmou oficialmente quantas pessoas seguiam no carro — havendo relatos de que um guarda-costas também estava presente.

O ataque ainda não foi reivindicado. Mas, habitualmente, o método de cartas armadilhadas é usado por forças anarquistas gregas. Um dos casos mais recentes foi o caso de várias cartas que a polícia do país detetou antecipadamente, mas que tinham como destinatários vários governantes europeus — apesar disso, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, chegou a ser alvo de um ataque, sem sucesso.

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O Governo grego já reagiu ao caso. Depois de visitar Papademos no hospital, o porta-voz, Dimitris Tzanakopoulos, disse que o executivo “condena inequivocamente” aquilo que define como um “ataque” contra o antigo governante e adiantou os primeiros dados clínicos: os feridos estão “estáveis e conscientes e a realizarem todos os exames médicos necessários”. A agência pública de notícias ANA avançou a informação de que o ex-governante foi submetido a uma intervenção cirúrgica devido às feridas que sofreu no abdómen e pernas.

O governador do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, também esteve com Papademos, manifestando-se contra o “ataque covarde”.

Papademos tem 69 anos. Foi primeiro-ministro apenas durante seis meses, entre novembro de 2011 e maio do ano seguinte. Liderou um Governo grego quando o país atravessava uma grave crise financeira. Foi o próprio a assumir que chegava ao cargo num “momento crítico”, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista social. “O meu trabalho não será fácil mas estou convencido de que os problemas serão resolvidos de forma eficiente, caso haja unidade e consenso”, disse, depois de tomar posse. Saiu seis meses depois.