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Ferro Rodrigues condena "ataques pessoais" da oposição: "Estão desesperados"

Este artigo tem mais de 5 anos

Eduardo Ferro Rodrigues aproveitou as jornadas parlamentares do PS para condenar os "ataques pessoais" da oposição. O alvo, subentendido, era um deputado do PSD. "Estão desesperados", sugeriu Ferro.

"Que não haja a resposta a ataques pessoais. Não é por essa via que vamos fazer cumprir Portugal"
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"Que não haja a resposta a ataques pessoais. Não é por essa via que vamos fazer cumprir Portugal"

MIGUEL A. LOPES/LUSA

"Que não haja a resposta a ataques pessoais. Não é por essa via que vamos fazer cumprir Portugal"

MIGUEL A. LOPES/LUSA

A intervenção de Eduardo Ferro Rodrigues era o momento mais aguardado do primeiro dia das jornadas parlamentares do PS, em Bragança. O palco estava montado: o pavilhão do Clube Académico de Bragança, perante 200 simpatizantes e militantes socialistas. Não é todos os dias que o existe a oportunidade de ver o Presidente da Assembleia da República vestir a pele de deputado do PS — algo que Ferro Rodrigues, efetivamente, não deixou de ser. Ainda assim, a versão escrita do discurso que fez chegar aos jornalistas, ainda antes da sua intervenção, era quase salomónica, apontando o PS ao centro da governação e deixando, ao mesmo tempo, elogios aos feitos da atual maioria parlamentar. O tom mudou radicalmente: quando subiu ao palanque para discursar, Ferro Rodrigues improvisou e deixou um ataque cerrado à oposição. Quando se dedicam a “ataques pessoais” é sinal que “estão desesperados e a perder o pé”, acusou o socialista. “Que não haja a resposta a ataques pessoais. Não é por essa via que vamos fazer cumprir Portugal”, defendeu.

Ainda que nunca o tenha mencionado, Eduardo Ferro Rodrigues referia-se às palavras de Duarte Marques. Na sua página pessoal do Facebook, o deputado do PSD acusou Carlos César, líder parlamentar do PS, de ser um “boçal, um caceteiro e um cacique conhecido pelas piores razões”. Nota: no arranque das jornadas parlamentares, o socialista tinha criticado o PSD de preferir “lugares turísticos” como o Algarve para realizar as jornadas parlamentares, algo que caiu muito mal entre os sociais-democratas. “Além de se revelar aldrabão, visto o PSD ter já organizado jornadas no interior, vem faltar desta forma ao respeito pelo Algarve e pelos algarvios. Espero que peça imediatamente desculpas e se retrate publicamente”, concluiu Duarte Marques.

Mas essa foi a única desviante do discurso de Eduardo Ferro Rodrigues. O Presidente da Assembleia da República concentrou grande parte da sua intervenção em explicar a estabilidade dos socialistas portugueses em contraposição com os seus irmãos europeus. Para Ferro, “o segredo para a saúde política do PS está no facto de o PS se ter mantido fiel à sua matriz”, sem se aliar à direita austeritária ou a “nichos mais radicais como aconteceu no Reino Unido e como vimos em França”. O PS, assegurou Ferro, “nem viabilizou um programa que lhe era estranho, nem aderiu a nenhum frentismo programático geral”.

De resto, o socialista defendeu que grande parte do sucesso do Governo socialista está no facto de governar ao centro, mesmo com as pulsões de esquerda que se sentem entre os seus parceiros parlamentares. “O que eu vejo da mesa da Presidência da Assembleia da República é que ali amigo não empata amigo. Cada um tem as suas identidades ideológicas e programáticas. Simplesmente elas não são chamadas para aquilo que é o centro da governação orçamental do país. Isto tem permitido ao PS garantir estabilidade e resultados sem perder a identidade”, defendeu Ferro.

Voltando-se para a Europa, o antigo secretário-geral socialista sugeriu que o PS é hoje fonte de “admiração” entre os socialistas europeus por ter sido capaz de “fazer a síntese entre dois eleitorado essenciais a uma maioria de progresso: as classes trabalhadoras e as classes médias mais dinâmicas”.

É cada vez mais disso que a democracia portuguesa e as democracias europeias precisam: de maiorias sociais em torno de políticas de progresso social, em vez de políticas de divisão e confrontação que só servem a crispação social e o extremismo político”,sustentou Ferro,

E foi também para a Europa que Ferro falou. “Portugal está a cumprir com a União Europeia. É tempo de a União Europeia cumprir com Portugal. Da Europa esperamos mais e precisamos muito mais. A Europa não pode continuar a desperdiçar oportunidades de se reformar, porque há um dia em que os cidadãos lhe viram definitivamente as costas”, avisou o socialista, antes de definir como absoluta prioridade um debate sobre a “sustentabilidade da dívida”. “Temos de encontrar em conjunto soluções sustentáveis que facilitem a sustentabilidade da dívida e a aposta no investimento. A zona euro tem de garantir oportunidades para todos, e não apenas para a Alemanha. Não vai ser um debate fácil, mas é um debate necessário”, concluiu Ferro.

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