Maria Silvia Bastos foi a primeira mulher a liderar o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo sido nomeada para o cargo pelo presidente Michel Temer. Demitiu-se esta sexta-feira “por razões pessoais”, sem falar da investigação judicial de que o BNDES está a ser alvo. Michel Temer já reagiu, segundo a Folha.

“Seu trabalho honrou o governo e moralizou um setor estratégico para o país, despolitizando a relação com o setor empresarial e elegendo critérios profissionais e técnicos para a escolha de projetos a serem contemplados com financiamentos oriundos de recursos públicos”, escreveu. Os restantes membros da direção do banco mantêm-se e quem vai substituir Maria Silva Bastos é Ricardo Ramos.

Maria Silva, que foi apelidada pela imprensa brasileira como “a mulher de ferro” (por ter liderado uma empresa siderúrgica) andava a ser alvo de críticas pela redução de custos que estava a fazer no banco e a 16 de maio foi aberta uma comissão interna para investigar uma série de denúncias feitas pelos funcionários do banco, que criticavam a líder por não ter feito “uma defesa contundente” do banco no âmbito da Operação Bulish – em que um braço do banco, o BNDESPAR foi investigado pelas suas participações na JBS.

Os ânimos agudizaram-se depois de Michel Temer ter afirmado publicamente que a presidente estava a “moralizar” o banco. Os funcionários não gostaram e criticaram o silêncio de Maria Silva Bastos face às declarações do presidente brasileiro.

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