A Tesla tem destas coisas: são tantos os seus fãs e tal o interesse de que se reveste tudo o que rodeia a marca californiana, que até já existe um clube de proprietários para um seu modelo que ainda nem foi revelado no seu formato definitivo. E foi, justamente, esse Tesla Model 3 Owners Club que teve acesso, através de uma fonte interna da Tesla, a um documento que permite ficar a conhecer as principais características do seu novo modelo de acesso.
Citado pelo site InsideEVs, o referido documento estabelece uma comparação directa entre o Model S e o Model 3, aparentemente com o objectivo de sublinhar todas as vantagens do topo de gama da casa de Palo Alto face ao seu irmão mais novo. O que pode parecer estranho, não fosse o facto de o Model 3 ter já mais de 400 mil pré-encomendas, não necessitando, por isso, de grande promoção, e a Tesla estar preocupada com o declínio das vendas do Model S, por considerar que há quem, erroneamente, creia que o Model 3 será a sua proposta mais evoluída.
Considerações de marketing à parte, eis os dados relativos ao Model 3 agora desvendados:
Model 3 | Model S | |
Prazo de entrega | Superior a um ano | 30 dias |
Aceleração 0-96 km/h | 5,6 segundos | 2,3 segundos na versão mais potente P100D |
Autonomia (na norma de homologação norte-americana) | Superior a 346 km | Entre 400 e 540 km |
Recarregamentos na rede de Supercarregadores da Tesla | A pagar | Gratuito durante toda a vida do veículo |
Lotação | 5 passageiros | 7 lugares com o banco para crianças montado em posição inversa ao sentido de marcha na bagageira traseira |
Capacidade das bagageiras dianteira e traseira | 396 litros, com tampa manual | 850 litros, com tampa traseira eléctrica |
Ecrã digital no habitáculo | Apenas um | Dois |
Opções de personalização | Menos de 100 | Mais de 1.500 |
Agora, só falta mesmo saber quando será, efectivamente, lançado o novo Model 3. Os mais recentes rumores apontam para a revelação do modelo, na sua versão de produção, em Julho, mas com as primeiras unidades a destinarem-se a investidores e quadros da marcas, que servirão como “cobaias” na detecção de possíveis erros de fabrico. Tudo levando assim a crer que os primeiros clientes reais só comecem a receber os seus exemplares lá mais para o final do ano.