O jornalista, escritor e pensador Miguel Urbano Rodrigues faleceu este sábado, aos 91 anos, confirmou fonte do Partido Comunista à agência Lusa. Ainda não são conhecidos dados sobre as cerimónias fúnebres.

Um comunicado da Câmara Municipal de Moura, de onde era natural, informou que Urbano Rodrigues estava “internado desde há alguns dias num hospital de Vila Nova de Gaia” e acrescentou que, “em sinal de luto”, a “bandeira será colocada a meia-haste no edifício dos Paços do Concelho, a partir de amanhã, domingo, 28, durante três dias”.

O antigo jornalista do Diário de Notícias entre 1949 e 1956 e chefe de redação do Diário Ilustrado (1956 e 1957) exilou-se no Brasil durante a ditadura, onde foi editorialista de O Estado de S. Paulo (entre 1957 e 1974) regressou a Portugal após o 25 de Abril.

Foi diretor do jornal O Diário, chefe de redação do Avante, militante do PCP e um dos maiores pensadores da esquerda portuguesa. Publicou em Portugal e no Brasil mais de uma dezena de livros, desde textos políticos a obras de ficção.

Natural de Moura, nascido a 2 de agosto de 1925, foi deputado à Assembleia da República pelo PCP entre 1990 e 1995 e deputado às Assembleias Parlamentares do Conselho da Europa e da União da Europa Ocidental. Miguel Urbano Rodrigues é filho de Urbano Rodrigues e irmão de Urbano Tavares Rodrigues.

Numa entrevista a Ana Lourenço na Sic Notícias, em 2008, Miguel Urbano Rodrigues dizia que o “século XXI vai ser um século de novas revoluções”, aludindo a poderes que “promovem a desigualdade social”.

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