Proposta hiper-exclusiva desenvolvida pela britânica Aston Martin, com a colaboração da Red Bull Advanced Technologies, o superdesportivo Aston Martin Valkyrie vai obrigar os futuros proprietários a esforço-extra… E dieta apertada! Isto porque, segundo anunciou o fabricante britânico, vão ter que, no momento em que a sua unidade estiver a ser fabricada, aceitar submeter-se a um scanner 3D, para que seja feita uma reprodução do seu corpo. A qual será depois utilizada para fazer um banco à medida do ocupante.

Apresentado no último Salão de Genebra, o Aston Martin Valkyrie promete assim, também neste aspecto, ser um superdesportivo feito à medida do seu proprietário. Justificando, desta e de outras formas, os perto de 3 milhões de euros que deverá custar.

Aston Martin. AM-RB chama-se Valkyrie

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Quanto à solução encontrada para o banco, prende-se, segundo revelou o presidente da Aston Martin Ásia-Pacífico, Patrik Nilsson, em declarações à CNBC, com a necessidade de garantir a cada condutor uma posição de condução a roçar a perfeição. Desde logo, com suportes lateral e lombar capazes de garantir o melhor apoio contra as forças a que o Valkyrie submeterá o piloto, não só em curva, como também em aceleração. E que, de acordo com o fabricante, poderão alcançar os 3 e 4 G, respectivamente.

Não estamos interessados em conseguir a maior velocidade máxima, mas sim em oferecer o desportivo mais dinâmico possível”, adianta o mesmo interlocutor. Defendendo que, “tal como na Fórmula 1, o carro que vence é aquele que consegue travar num mais curto espaço, que curva mais rápido e que acelera mais depressa. Não necessariamente aquele que atinge a mais alta velocidade de ponta”.

Desenvolvido com o contributo de um dos mais renomados projectistas de monolugares de F1, o britânico Adrian Newey, o qual conta no currículo com um total de 10 títulos de construtores, conquistados ao serviço de três equipas diferentes (Williams, McLaren e Red Bull), o Aston Martin Valkyrie tem por base uma plataforma em fibra de carbono, a qual – entre outras mais-valias – permitirá ao superdesportivo britânico exibir um peso máximo de aproximadamente 1.000 kg. Peso quase insignificante, se pensarmos que o modelo contará como um sistema propulsor híbrido inspirado na F1, que, com um V12 6,5 litros naturalmente aspirado e o conhecido sistema KERS no apoio, deverá anunciar qualquer coisa como 1.000 cv de potência. Ou seja, uma relação peso/potência verdadeiramente impressionante de 1:1!

Mas se está interessado em comprar um destes desportivos de sonho, saiba que já vai tarde. Apesar de uma produção limitada a 150 unidades homologadas para o dia-a-dia e de mais 25 para uso exclusivo em pista, com um preço unitário que supostamente terá rondado os 3 milhões de euros, a verdade é que todas elas têm já comprador destinado. Os quais não se importaram sequer de ter de esperar até 2019, para receber o seu superdesportivo.