A Força Aérea Portuguesa (FAP) participou esta segunda-feira no resgate de 34 migrantes no mar Mediterrâneo após a embarcação em que seguiam ter explodido sem razão conhecida, deixando os seus ocupantes à deriva.
Num vídeo partilhado pela Força Aérea Portuguesa, no Youtube, é possível ver o momento em que a embarcação onde seguiam os 34 migrantes explode:
Fonte oficial da Força Aérea disse ao Observador que decorreram 3h20 minutos entre a explosão a bordo, pelas 10h30, e o momento em que o último dos 34 refugiados e migrantes foi recolhido por uma embarcação espanhola.
O salvamento ocorreu durante uma missão de vigilância de um avião C-295M da Esquadra 502–‘Elefantes’ ao serviço da agência europeia de controlo de fronteiras (FRONTEX). O avião português coordenou com o Centro de Busca e Salvamento de Almeria (Espanha) o encaminhamento de vários meios de socorro, entre os quais o pesqueiro “Miguel Rubino” e um helicóptero de salvamento, anunciou a FAP em comunicado.
O kit de salvamento, lançado através da aeronave C-295M, permitiu salvar grande parte dos migrantes que antes da chegada do meio aéreo (helicóptero) e de meios marítimos apenas contavam com o bote salva vidas para sobreviver no mar”, acrescenta a mesma nota.
O destacamento português na FRONTEX opera a partir da Base Aérea de Málaga, Espanha, onde estará até ao final do mês de junho. Neste destacamento, a Esquadra 502–‘Elefantes’ está a monitorizar situações de narcotráfico, de imigração ilegal e de poluição marítima.
Segundo informação oficial da Força Aérea, entre 2011 e 2016 este ramo das Forças Armadas ajudou a salvar 8.850 refugiados e migrantes nas águas do Mediterrâneo. E nestes primeiro cinco meses de 2017, foram resgatadas mais 287 pessoas com a participação da Força Aérea.