Depois de ter sido decretada a lei marcial em Mindanao, a segunda maior ilha das Filipinas, com a cidade de Marawi a estar sob o ataque do auto-proclamado Estado Islâmico nos últimos dias, a polícia do país impôs o recolher obrigatório e reforçou a segurança numa segunda cidade da mesma ilha: Iligan. A ideia é evitar que se estenda a outras cidades filipinas o conflito com os militantes do grupo islâmico.

De acordo com o The Guardian, as forças filipinas estão a tentar evitar que o conflito que eclodiu em Marawi (onde já morreram mais de uma centena de pessoas) se alastre para Iligan, cidade a 38 km e para onde 90% da população de Marawi fugiu à procura de abrigo. De acordo com as autoridades locais, as iniciativas tomadas em Iligan — como o recolher obrigatório entre as 22h e as 4h da manhã — fazem parte de uma “ação de contenção” para evitar que “ocorra na cidade o mesmo incidente que se verificou em Marawi”.

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Alex Aduca é o chefe do 4º Batalhão de Infantaria do exército filipino e fez declarações a uma rádio local, citadas pelo jornal britânico, a dar conta de rebeldes apanhados a tentar entrar em Iligan: “Não queremos que o que está a acontecer em Marawi alastre a Iligan”. A suspeita é que, juntamente com os civis que se têm refugiado em Iligan, tenham seguido também militantes do Estado Islâmico.

Em Marawi, as forças filipinas estão a levar a cabo ataques aéreos a alvos concretos para “prevenir danos colaterais”, “proteger as tropas” do país e “tentar eliminar da cidade elementos terroristas que continuem a resistir”, disse à agência oficial das Filipinas o general Restituto Padilla.

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