O Presidente da República considerou esta terça-feira, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), que “houve uma desatenção em relação a estes heróis”, combatentes da guerra colonial, e que “o Estado português está aos poucos a fazer-lhes justiça”.

É muito lento, já passaram mais de 40 anos, mas continuamos a lutar por essa justiça, eles continuam a lutar por essa justiça, e o Presidente da República continua a apoiá-los nessa luta”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.

O chefe de Estado visitou a ADFA para apresentação do livro “Deficientes das Forças Armadas – a geração da rutura”, e aproveitou a presença do antigo Presidente da República António Ramalho Eanes para o homenagear como “um dos impulsionadores” e “referência cimeira desta associação”.

Na intervenção que fez durante esta cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se aos antigos combatentes da guerra colonial que enchiam a sala como “homens que, com sentimento patriótico e espírito de altruísmo, defenderam o seu país quando a isso foram chamados”.

“Vós sois os nossos heróis, num tempo de ditadura e de fim de ciclo imperial e colonial. Nesse capítulo intenso, dramaticamente intenso da nossa história. E quando olhamos para vós, continuamos a ver, para além de tudo o que foi sofrido, vida, capacidade de luta, orgulho, lealdade e amor. O Presidente da República manifesta aqui perante todos vós a rendida admiração, penhorada, de todos os portugueses”, disse-lhes.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas terminou o seu discurso declarando: “Mesmo quando alguns dos mais responsáveis demoraram ou demoram a fazer-vos integral justiça, Portugal, que o mesmo é dizer milhões de portugueses, não vos esqueceram, não vos esquecem, não esquecem a vossa doação nacional. Não esquecem hoje, e nunca esquecerão no futuro. Muito obrigado”.

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