Numa altura em que a Peugeot leva a cabo testes com protótipos de condução autónoma em Singapura, utilizando como base rolante o novo 3008, e a mais jovem DS apresta-se a anunciar um novo topo de gama (DS7) com algumas das tecnologias que antecipam aquilo que será, futuramente, um veículo sem necessidade de condutor, pode ser, afinal, a mais recente marca do grupo PSA, a alemã Opel, a liderar, no seio do construtor, o advento do automóvel capaz de se conduzir a si próprio, sem qualquer intervenção humana.

A marca do relâmpago é uma das participantes no “Ko-HAF – Kooperatives Hochautomatisiertes Fahren”, projecto de investigação conjunta cujo objectivo passa por criar um protótipo de carro autónomo, capaz de circular sem qualquer ajuda humana, em auto-estrada. Iniciado em Junho de 2015, o projecto tem como data de conclusão Novembro de 2018.

Quanto à contribuição da Opel para o projecto, passa não apenas pelo desenvolvimento dos mapas computorizados, como também por conceber a melhor forma de desconectar o carro dos sistemas de condução autónoma, entregando, a partir daí, o comando dos acontecimentos ao condutor. Ao mesmo tempo, a marca do relâmpago está ainda responsável por desenvolver o software e o sistema de sensores capazes de detectar a classificar todas as acções do condutor, enquanto o carro segue em modo autónomo.

A par da pesquisa nestes domínios, o fabricante alemão tem ainda a seu cargo a construção do protótipo, que deverá ser capaz de entrar, de forma autónoma e sem a intervenção do condutor, numa qualquer auto-estrada, fundindo-se em seguida com o trânsito. A partir daí, o carro deverá conseguir manter o trajecto definido, ultrapassando outros carros quando necessário, até que, uma vez chegado à saída desejada, abandonar, mais uma vez sem qualquer intervenção do condutor, a auto-estrada.

No entanto e face à complexidade do sistema, a Opel também alerta que, o número de quilómetros que será preciso cumprir, de forma a conseguir validar a tecnologia em situações reais de trânsito, só será possível com a realização de “um número inviável” de testes. Razão pela qual a companhia assume estar já a trabalhar numa nova estratégia, destinada a “substituir os ensaios em condições reais, por simulações, sempre que tal seja possível”. Basicamente, trata-se de colocar computadores a analisar e a colocar à prova os computadores e os sistemas que, no futuro, conduzirão os carros em que viajaremos.

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