Uma nova análise à mensagem que aparecia no ecrã dos utilizadores afetados pelo ataque do vírus WannaCry sugere que o ciberataque foi obra de criminosos “nativos ou fluentes” em língua chinesa. O ataque afetou milhares de organizações em todo o mundo.

Os investigadores do Flashpoint analisaram a linguagem utilizada na mensagem e chegaram à conclusão de que apenas a mensagem escrita em língua chinesa tinha um uso adequado de gramática e pontuação. Isso leva a crer que quem escreveu a mensagem é “nativo ou pelo menos fluente” em chinês.

A mensagem do vírus estava traduzida em 28 linguagens e todas elas, salvo o chinês, parecem ter sido traduzidas com recurso ao Google Tradutor. A versão inglesa dizia algo como “mas você tem não tanto tempo”. Uma primeira análise do software parecia sugerir que tinha origem na Coreia do Norte mas os investigadores do Flashpoint chegaram à conclusão de que o texto coreano era “uma má tradução do texto inglês”.

O ciberataque do vírus WannaCry afetou mais de 200 mill computadores em 150 países, com maior incidência em computadores de governos, serviços de saúde e empresas privadas.

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Ataque informático. O que foi, como se espalhou, quem o travou

Os responsáveis do ataque ainda não tentaram ter acesso ao “resgate” que as vítimas pagaram em bitcoins. Especialistas em cibersegurança afirmam que todos os sistemas de comando do vírus estão desligados e que o mais provável é que os responsáveis evitem correr riscos como converter o resgate uma vez que tantas organizações estão de olhos postos no caso.

A Agência Nacional de Crime do Reino Unido, o FBI e a Europol estão a concentrar esforços para encontrar os responsáveis.