A ministra da Administração Interna disse esta quarta-feira que os países europeus têm de saber fazer a gestão dos fluxos migratórios, em vez de adotar medidas reativas com “efeitos pouco eficazes” para as crises migratórias.

“A Europa tem de apostar fortemente em políticas que no fundo influenciem as causas remotas e isso passa pela política externa, de defesa mas também pela política comercial e política agrícola comum”, disse Constância Urbano de Sousa nas Conferências do Estoril, no painel sobre a crise na Europa e as migrações.

Para a ministra da Administração Interna, a Europa tem “o dever jurídico e civilizacional de proteger pessoas que carecem de proteção internacional”, sendo necessário um maior investimento em políticas de integração. “O fenómeno migratório é transformador da sociedade e gera crises, tensões. Se quisermos preservar a paz e a coesão social, temos de investir mais na integração desses emigrantes na sociedade de acolhimento, prepará-la para algo que é inevitável na próxima década, que são fluxos migratórios”, acrescentou.

Na opinião da ministra, a Europa tem de gerir fluxos migratórios em vez de reagir proativamente. “Em vez de reagir proativamente, a Europa tem de gerir fluxos, que são inevitáveis por causa do seu declínio demográfico da situação crescente conflitos em todo o mundo”, frisou a ministra, lembrando que as causas da migração são sempre: miséria, desrespeito pelos direitos humanos, conflitos.

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