O Instituto Nacional de Estatística confirmou esta quarta-feira que a economia cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último trimestre de 2016, e 2,8% face ao mesmo trimestre de 2016, o melhor resultado dos últimos nove anos e meio.

Os dados avançados esta quarta-feira confirmam o que o INE já tinha anunciado a 15 de maio. O crescimento económico acelerou na parte final do ano, depois de um crescimento expressivo inesperado no terceiro trimestre do ano passado, que permitiu ao Governo fechar o ano com uma taxa de crescimento económico menos má do que a esperada.

A primeira previsão era de 1,8%, mas esta foi revista para 1,2%. A economia voltou a acelerar e conseguiu um resultado ainda melhor. Em cadeia, ou seja, face ao trimestre imediatamente anterior, a economia portuguesa cresceu 1%. Este é o maior crescimento desde, pelo menos, o primeiro trimestre de 2015.

A comparação homóloga – com o mesmo trimestre do ano anterior – mostra uma evolução muito favorável. De acordo com o INE, a economia terá crescido 2,8% no primeiro trimestre deste ano face aos primeiros três meses de 2016.

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Este é o melhor resultado desde o último trimestre de 2007, ou seja, dos últimos nove anos e meio, altura em que a economia cresceu exatamente 2,8%. Melhor que em 2007, só mesmo no final do ano 2000, quando a economia cresceu 3,8%.

Segundo o INE, o crescimento deve-se a um aumento das exportações de bens e serviços a um ritmo mais elevado que o aumento das importações. A procura interna também deu um contributo para o crescimento, pela via do investimento, cujo crescimento acelerou de 3,6% no quarto trimestre para 5,5% no primeiro trimestre do ano. No entanto, e apesar de o investimento ter compensado o efeito negativo, o consumo privado desacelerou devido à redução das despesas de consumo final das famílias.

Por sua vez, o consumo público caiu 0,4%, depois de no último trimestre ter tido uma variação nula. As contas do consumo público, segundo o INE, estão influenciadas desde a segunda metade do ano passado pela redução do horário de trabalho na Função Pública de 40 para 35 horas, o que acaba por ter um efeito negativo nas contas do consumo público.