Primeiro o Bairro Alto, onde as 27 câmaras instaladas em 2014 têm ajudado a reduzir os índices de criminalidade e a aumentar o sentimento de segurança dos moradores, agora o resto de Lisboa. Foi a Câmara Municipal que avançou ao Diário de Notícias estar já a trabalhar para aumentar a rede de videovigilância. Objetivo: ter a cidade toda coberta a “médio/longo prazo”. As primeiras reuniões com PSP e Ministério da Administração Interna (MAI), para estudar o assunto, já terão tido lugar.

O jornal diz que há várias zonas e freguesias candidatas na fila para seguir o exemplo do Bairro Alto: Cais do Sodré, Miradouro de Santa Catarina, Baixa e Avenida Almirante Reis. “Vamos avançar para outras zonas pois queremos ter toda a cidade coberta, sempre de acordo com as indicações da PSP. As câmaras são vistas como um meio de dar melhores condições à polícia”, explicou Carlos Castro, vereador com o pelouro da Segurança. Que também manifestou outra intenção: trocar videovigilância por videoproteção, evitando assim a conotação negativa que o ato de “vigiar” cidadãos pode implicar.

Apesar de o MAI ser cauteloso no que diz respeito ao exemplo positivo do Bairro Alto — “O período de tempo de utilização dos sistemas ativos não permite ainda essa avaliação” –, Luís Paisana, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Alto, garantiu ao DN que o que não faltam são provas concretas dos benefícios das câmaras. “Há muitos casos que a PSP diz ter conseguido resolver atuando com base nas imagens das câmaras. As pessoas sentem-se mais seguras, sobretudo porque sabem que a polícia pode agir com mais celeridade. Mas é preciso que haja mais agentes na rua e que atuem também ao nível do tráfico.”

Outro exemplo positivo vem da autarquia vizinha da Amadora, onde o sistema de videovigilância inaugurado no passado dia 16 de maio já terá ajudado a identificar e deter o suspeito do homicídio de um taxista, quatro dias depois. A par do Santuário de Fátima e do Bairro Alto, a Amadora é, para já, uma das três zonas autorizadas em todo o país a ter câmaras de videovigilância.

Foi precisamente durante a cerimónia de apresentação do sistema, que custou 900 mil euros em rede de fibra ótica e conta com 103 câmaras, que Isabel Oneto, secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, anunciou que o governo ia alterar a legislação para permitir um maior acesso das forças de segurança a este tipo de meios de prevenção de criminalidade.

Além de Lisboa, diz o jornal, também Coimbra e Vila Franca de Xira aguardam luz verde para instalar sistemas semelhantes.

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