A polícia iraquiana proibiu as mulheres de Mossul de usarem niqab, véu que deixa apenas os olhos a descoberto, para evitar que sejam confundidas com elementos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) durante a ofensiva para libertação da cidade.

Esta medida foi tomada esta quinta-feira por haver jihadistas que se infiltram no meio dos civis vestidos com niqab e atacam os residentes, disse o comandante da polícia da província de Nínive, cuja capital é Mossul, o general de brigada Wazeq al Hamadani, em declarações à agência EFE.

O general referiu que já foram detidos vários elementos do EI que tentavam passar por postos de controlo vestidos dessa maneira. Wazeq al Hamadani disse também que o EI, durante a ocupação da cidade, a segunda maior do Iraque, forçou as mulheres a usarem niqab.

Além disso, foi pedido aos moradores que não se desloquem de mota depois das 18h e que informem a polícia sobre pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo extremista. Foi ainda decidido que os donos de lojas de telemóveis não poderão vender cartões SIM a quem não tiver documentos oficiais de identificação.

As forças governamentais iraquianas lançaram em outubro uma ofensiva para recuperar Mossul do EI, tendo em janeiro conseguido libertar a zona oriental da cidade, que está dividida ao meio pelo rio Tigre. O EI perdeu quase toda a cidade e resiste apenas na zona histórica.

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