O PP espanhol continua ensombrado por casos. A imprensa espanhola noticia esta quinta-feira que o líder da unidade anticorrupção de Espanha demitiu-se depois de ser conhecido que detém, em conjunto com três irmãos, uma sociedade offshore no Panamá e que um ex-alto responsável da Câmara de Madrid com Esperanza Aguirre teria 146 lingotes de ouro na Suíça, que valiam milhões de euros.

Dois casos, no mesmo dia. Manuel Moix, que liderava até esta quinta-feira a unidade anticorrupção espanhola, apresentou a sua demissão depois de ser conhecido que era dono de 25% de uma sociedade offshore no Panamá – o restante era detido pelos seus três irmãos – que escondia um chalé em Collado-Villalba, uma comunidade autónoma em Madrid, que os quatro irmãos herdaram dos pais.

Manuel Moix foi nomeado em fevereiro para substituir Antonio Salinas, que esteve 13 anos à frente desta unidade, um cargo muito concorrido e para o qual nem sequer era considerado favorito, conta o jornal espanhol El País. Apesar da demissão, Manuel Moix foi defendido pelo procurador-geral espanhol, que garantiu que “não houve no seu comportamento qualquer tipo de irregularidade ou ilegalidade”.

Noutro caso, o El Mundo noticia esta quinta-feira que Eduardo Larraz Riesgo, um ex-responsável da Câmara de Madrid com Esperanza Aguirre e ex-chefe de gabinete da deputada do PP Celia Villalobos, teria escondidos na Suíça 146 lingotes de ouro avaliados em quase dois milhões de euros.

As autoridades terão descoberto os lingotes – assim como uma conta com cerca de um milhão de euros – no decorrer de uma investigação às práticas de uma empresa pública.

A justiça espanhola suspeita que o dinheiro terá sido conseguido por Eduardo Larraz Riesgo através de comissões ilegais em negócios de Francisco Granados, também ele um político do PP espanhol que fez parte do executivo de Esperanza Aguirre.

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