Ficção

Neste mês de junho, a Dom Quixote vai publicar Poesis, o novo livro de Maria Tersa Horta. Uma reflexão sobre a poesia, Poesis é também, segundo a editora, “um retrato poético sobre a vida da própria autora enquanto poetisa, com vários poemas alusivos ao seu percurso pessoal, abordando as dificuldades e as perseguições de que foi alvo enquanto mulher e autora de poesia erótica“. Chega às livrarias no dia 13 de junho, no mesmo dia em que será reeditado Peregrinação de Barnabé das Índias, de Mário Cláudio, pela mesma editora. Pela Dom Quixote, vai ainda sair Caminhos e Destinos — A Memória dos Outros II, que reúne vários ensaios de Marcello Duarte Mathias, e Swing Time, uma história de Zadie Smith sobre duas raparigas com um sonho em comum — o de ser bailarina.

A Relógio d’Água vai lançar O Homem Que Via Passar os Comboios, de Georges Simenon, Retalhos do Tempo — Um Memorial de Dublin, de John Banville, No Inverno, de Karl Ove Knausgård, e Lincoln no Bardo, o primeiro romance de George Saunders. A Presença vai lançar o segundo volume da trilogia de Robert Harris sobre Cícero, Lustrum, e a Casa das Letras vai editar o romance Assim Nasceu Portugal III – Os Conquistadores de Lisboa, o terceiro volume da trilogia de Domingos Amaral sobre D. Afonso Henriques e o nascimento de Portugal.

Pela E-Primatur vai sair Forte como a Morte seguido de Pierre e Jean, dois romances de Guy de Maupassant até agora inéditos em língua portuguesa, Ivanhoe, de Walter Scot, e ainda, no final deste mês, o primeiro volume de As 1001 Noites, traduzido por Hugo Maia a partir dos mais antigos manuscritos árabes existentes. A Guerra & Paz vai publicar dois clássicos: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e A Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis.

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A Elsinore guardou para junho a publicação de O Simpatizante, o primeiro romance do vietnamita Viet Thanh Nguyen, vencedor do Prémio Pulitzer para Ficção em 2016. O romance passa-se em abril de 1975, no Saigão, e conta a história de um capitão e de um espião ao serviço do comando vietcongue.

“Na melhor tradição dos romances de espionagem, encontra-se nestas páginas a exploração de uma vida entre dois mundos, entre a amizade e a crença política, a lealdade e a identidade, revelando a herança que a Guerra do Vietname deixou na literatura, no cinema e, também, nas guerras que ainda se combatem”, refere a Elsinore.

Fábrica de Melancolias Suportáveis, de Raquel Nobre Silva, e O Fim de Onde Partimos, da escritora inglesa Megan Hunter, também serão editados em junho pela editora. O primeiro fala sobre o Alentejo profundo e o segundo imagina uma catástrofe apocalíptica em Londres, dando sentido ao caos que se instala na vida de uma jovem mãe.

A Tinta-da-China vai lançar um novo volume da coleção de humor, coordenada por Ricardo Araújo Pereira — Diário de Um Zé-Ninguém, de George e Weedon Grossmith. Pela Antígona vai sair Requiem por Um Sonho, de Hubert Selby Jr., e Manuscrito Corvo, de Max Aub, um caderno de notas onde o narrador, o corvo Jacobo, relata as suas impressões sobre a espécie humana.

A Alfaguara vai lançar uma nova coleção, com curadoria de Afonso Cruz. O primeiro volume — A Banda, de Chico Buarque — sai no dia 21 A Companhia das Letras vai publicar Humidade, um livro sobre “erotismo, intimidade, humor, desejo e, claro, o amor”, de Reinaldo Moraes, e a Nuvem de Tinta A Língua de Fora, de Juva Batella.

Não-ficção

Em junho, a Temas e Debates vai publicar Descansar, um livro de Alex Soojung-Kim Pang, fundador da The Restful Company, e professor na Universidade de Stanford, que pretende alertar para o excesso de trabalho. Segundo Pang, trabalhar melhor não significa passar mais horas a trabalhar — significa trabalhar menos e descansar mais. Este mês, editora vai ainda lançar o livro Progresso, de Johan Norbert, que reúne dez razões para ter esperança no futuro, e Um Breve Guia para Clássicos Espirituais, de James M. Russell, especialista em divulgação de textos essenciais na área da cultura, literatura, filosofia e espiritualidade.

Políticas da Inimizade, de Achille Mbembe, “disseca a patologia do racismo, criticando nacionalismos atávicos e propondo os fundamentos de uma nova política da humanidade”. Chega em junho pela Antígona. A Vogais vai lançar Dinastia, a história da ascensão e queda da Casa de César, contada por Tom Holland, e Gestapo: O Mito e a Realidade da Polícia Secreta de Hitler, de Frank McDonough, uma “investigação detalhada, rigorosa e atual sobre a polícia secreta de Hitler, de acordo com a editora.

A Dom Quixote vai lançar, a 12 de junho, Os Apelidos Portugueses, de Carlos Bobone. Já a Texto vai publicar O Que é o Populismo?, de Jan-Werner Muller, professor de Política em Princeton. Já as Edições 70 vão publicar os livros Governar o Mundo. História de uma ideia: de 1815 até aos nossos dias, de Mark Mazower, e Tony Judt — Historiador e Intelectual Público, de Rui Manuel Bebiano do Nascimento.

Pela Ítaca, vai sair Mercadores de gente — Como os jiadistas e o Estado Islâmico transformaram o rapto e tráfico de refugiados num negócio multimilionário, de Loretta Napoleoni. A Planeta vai editar, a 7 de junho, três títulos:

  • Carlos Alexandre — O Juíz, de Inês David Bastos e Raquel Lito, a primeira (e única biografia) “de um juiz determinado e determinante nos casos mais mediáticos da justiça portuguesa”;
  • O Inspetor da PIDE que Morreu Duas Vezes, de Gonçalo Pereira Rosa. Um livro que reúne “as proezas e os ‘furos’, as manchetes bombásticas e os erros calamitosos nas primeiras páginas de jornais que atravessam todo o século XX”, entre as quais se incluem a história de um contrabandista que trabalhara para Al Capone durante os anos da Lei Seca, descoberto pelo Diário Popular;
  • A Orgia do Poder, de Pippo Russo. Esta é a história nunca contada de Jorge Mendes, “o agente português que se tornou o patrão do futebol mundial”.

A 9 de junho, a Tinta-da-China vai lançar Enigma, um livro de memórias de Jan Morris sobre a sua mudança de sexo. No mesmo dia, chega às livrarias Mulheres Condenadas: histórias de dentro da prisão, um ensaio de Catarina Frois.

“Ao olhar para as minhas paixões ininterruptas, ainda estupefacta perante a sensualidade universal da vida, chego à conclusão de que não há outra pessoa no mundo que eu preferisse ser em lugar de mim própria”, escreveu Jan Morris no seu livro de memórias.

Infantil

A Orfeu Negro Mini vai publicar, em junho, Capitão Coco e o Caso das Bananas Desaparecidas, de Anushka Ravishankar e Priya Sundram. “Repleta de humor e peripécias absurdas, esta novela gráfica vai deixar-nos intrigados e com uma série de músicas na cabeça. Tudo isto decorado com elementos da cultura tradicional indiana e referências à tão popular Bollywood”, refere a editora.

A Presença vai lançar dois livros de Geronimo Stilton, o diretor do Diário dos Roedores, o mais famoso jornal da Ilha dos Ratos — Na Rota de Vasco da Gama — Uma Aventura em Portugal e O Castelo do Rei Artur.

A Mala Misteriosa do Senhor Benjamin, de Pe-Yu Chang, chega às livrarias a 7 de junho pela Nuvem de Letras. O pequeno livro conta a história de Walter Benjamin, um filósofo conhecido pelas suas ideias extraordinárias, que certo dia se vê obrigado a fugir do país. Consigo, leva apenas uma mala — uma grande, pesada e misteriosa mala.