O Bloco de Esquerda já teve “pelo menos quatro” iniciativas legislativas para acabar com as portagens na Via do Infante (A22), no Algarve, e, apesar de a medida nunca ter ido avante, não vai “baixar os braços”. Segundo o deputado bloquista João Vasconcelos, que falava este sábado aos jornalistas durante uma marcha contra as portagens na A22, o BE vai mesmo insistir para que o tema seja inserido no Orçamento do Estado para 2018. Mas não tem garantias do Governo.

“Fazemos esta marcha para fazer ver aos governantes que a estrada nacional 125 não é alternativa à Via do Infante. A estrada está em obras e é uma calamidade”, começou por dizer, lembrando que no ano passado “houve mais de 10 mil acidentes” e este ano o número já está quase nos “quatro mil”. “Queremos um Algarve livre de portagens”, disse, numa marcha pela mobilidade que estava inserida no segundo e último dia das jornadas parlamentares do partido, que decorreram na região do Algarve.

O deputado bloquista João Vasconcelos está ciente de que o levantamento das portagens “não está inserido no acordo do BE com o PS”, mas garante que não vai baixar os braços. E vai bater-se para que a medida seja inscrita no Orçamento do Estado para 2018. “Iremos levar esta exigência à discussão do Orçamento do Estado”, disse aos jornalistas.

Mas não tem garantias do Governo nesse sentido, reconhece. “Não baixaremos os braços, vale sempre a pena porque só com luta se conseguirá ter capacidade de reivindicar”, disse.

A marcha na N125 pelo fim das portagens na Via do Infante foi uma das últimas iniciativas do BE no âmbito das jornadas parlamentares, depois de, esta sexta-feira, os deputados terem realizado um conjunto de oito visitas nos vários concelhos algarvios para constatarem, no terreno, as dificuldades inerentes à falta de investimento do Estado.

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