Patrick Drahi, dono da operadora francesa Altice, é um dos investidores de obrigações do antigo Banco Espírito Santo (BES) entre os clientes lesados que reclamam compensação pelas perdas, num universo que envolve um total de 22.900 reclamações de crédito, avança hoje o Jornal de Negócios. O nome do empresário é um dos que surge no processo de liquidação do banco e cujo reembolso reclama agora através de um tribunal suíço.

Em causa, explica o jornal, está um investimento pessoal – e sem qualquer relação com a Altice – feito há vários anos por Patrick Drahi em obrigações emitidas pelo grupo que foi liderado por Ricardo Salgado. Só não foi possível apurar o montante aplicado neste investimento.

O empresário, de origem israelita e residência fiscal na Suíça, é o principal acionista da Altice, grupo que entrou em Portugal através da Cabovisão e da Oni e que, em 2015, comprou as operações da PT Portugal (atual dona do Meo, marca que em breve irá desaparecer para adotar uma marca única do grupo francês).

O BES, recorde-se, está em liquidação desde Julho do ano passado, quando perdeu a licença bancária. O Negócios relembra que o antigo banco regista um buraco de 5,6 mil milhões de euros, com os activos de 152 milhões de euros a serem insuficientes para compensar o passivo que é superior a 5,7 mil milhões.

A entidade que ficou com os ativos e passivos “tóxicos” está agora a notificar os seus credores para que possam reclamar os investimentos feitos. Para isso, a sociedade recebe as reclamações ou tem de citar os seus credores conhecidos, não só dentro da União Europeia (UE), mas também fora do espaço comunitário. É neste contexto que surge o nome de Patrick Drahi.

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