O PS fechou 2016 com um saldo positivo de cerca de 250 mil euros, segundo o jornal Público. Foi a primeira vez desde 2012 que o partido conseguiu fechar o ano com contas positivas, ainda que o passivo continue acima dos 20,7 milhões de euros. Renegociar a dívida com os bancos e reduzir os gastos com fornecedores foram as soluções encontradas por Luís Patrão, secretário nacional para a organização do PS, para inverter o ciclo dos últimos quatro anos no Largo do Rato.

Os dados mais recentes sobre a saúde financeira socialista foram entregues na semana passada na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, um organismo do Tribunal Constitucional onde as contas dos partidos são passadas a pente fino. Ao Público, Luís Patrão refere que o PS está “a reduzir o défice” e que “é o primeiro ano desde” que acaba com “resultado positivo”.

Ainda assim, e apesar de uma redução de cerca de um milhão de euros, o passivo continua perto dos 21 milhões. No ano passado, os gastos com a atividade corrente do partido chegaram aos 7,5 milhões de euros, enquanto os rendimentos se fixaram nos 8,4 milhões de euros de rendimentos (8,06 dos quais resultantes da atividade corrente).

Além de ter reduzido os gastos correntes (sem contar com as despesas com campanhas eleitorais) em mais de 1,4 milhões de euros, os socialistas renegociaram dívida a bancos e a fornecedores. “Liquidámos a longa lista de credores”, diz Luís Patrão. Para os credores com valores mais elevados a receber, foram realizados “contratos de liquidação progressiva da dívida”; com os mais pequenos, as dívidas já foram sendo pagas.

Há ainda uma lista de 27 credores mas, até ao final do ano, o secretário nacional para a organização espera reduzir esse número para as seis empresas com dívidas ainda a pagamento. Cortou-se no número de funcionários, mudou-se o modelo de utilização da frota automóvel (mais carros alugados, menos carros próprios) e renegociaram-se contratos com fornecedores, com reduções nos preços na ordem dos 30%.

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